Depois de três novas mortes com suspeita de coronavírus, a Prefeitura de anunciou que vai reforçar o atendimento de saúde nas aldeias indígenas da região. A responsável é a (Secretaria Especial de Saúde Indígena), que tem apenas um médico e duas enfermeiras para atender todas as 11 aldeias do município. Além disso a Sesai enfrenta problemas com veículos para deslocamento entre as aldeias.

O chefe da Sesai no pólo de Aquidauana, Antônio Mariano, confirma que a equipe é muito reduzida, com apenas um médico, e que tem enfrentado dificuldade para atender à alta demanda. “A nossa equipe é muito pequena, hoje chega mais uma médica para nós. A demanda é muito grande, precisamos fazer muitos exames, não damos conta de fazer coleta de exame”, diz.

Mariano explica que o único médico para atendimento se entregou ‘de corpo e alma' para ajudar, já que é a única esperança da comunidade indígena. “Só ele sabe o que está vivenciando”, relata.

O prefeito de Aquidauana, Odilon Ribeiro, afirma que as lideranças indígenas clamam por socorro e que o suporte da saúde municipal já será ampliado nas aldeias a partir desta quarta-feira (22). “A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento) enviará três equipes com médicos e enfermeiros para dar suporte nos atendimentos nas aldeias”, completou o prefeito.

A Secretaria de Saúde de Aquidauana informou que os indígenas estão sendo testados em testes rápidos e estão sendo feitas as coletas de amostras SWAB (RT-PCR) enviadas para o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública).

Políticos na aldeia

Conforme já noticiado pelo Midiamax, caciques das aldeias Bananal e Água Branca testaram positivo para coronavírus e precisaram ser internados no Hospital Regional de Aquidauana. Os líderes das comunidades indígenas terena apresentaram sintomas da doença após evento do Governo do Estado na região, que causou .

O chefe da Sesai explica que não é possível apontar se o evento político de lançamento da obra na estrada foi o responsável por espalhar o nas aldeias, mas ressalta que aglomerações não eram recomendadas.

“Foi uma aglomeração muito grande o lançamento dessa obra. Mas agora, mais do que apontar um culpado, temos que buscar alternativas, estancar essa situação. Agora seria buscar solução, força e parcerias, pessoas que queiram nos ajudar”.