Com ritmo afetado pela quarentena, corrida dos vestibulandos é ainda mais difícil na pandemia

Vestibulandos campo-grandenses que se preparam em 2020 afirmam que o ritmo de estudo foi afetado de forma negativa com a quarentena.

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Se estudar para vestibulares com a rotina comum já é difícil, imagine durante a pandemia do coronavírus? Estudantes campo-grandenses que pretendem prestar vestibulares e o Enem em 2020 afirmam que o ritmo de estudo foi afetado de forma negativa com a quarentena e segundo os vestibulandos o esforço é maior para manter o foco em casa.

No terceiro ano do ensino médio, Larissa Sakamoto foi afetada duplamente durante a pandemia. A estudante de 17 anos passou a ter aulas à distância tanto na escola, quanto no cursinho que faz para se preparar para os vestibulares.

Ao todo, Larissa pretende prestar sete vestibulares e entre eles o Enem. Sobre a pandemia, ela afirma que toda a rotina foi afetada. “Antes eu passava o período integral na escola e quando chegava em casa fazia exercícios para fixar matéria, mas agora é mais complicado porque, querendo ou não, dá uma desfocada em casa”, explica.

Em casa, a estudante se divide entre as vídeo aulas do ensino médio e do cursinho, que também faz plantões para tirar dúvidas dos alunos. Mesmo com todos os recursos, Larissa admite que se sentir muito mais motivada nas aulas presenciais. “Parece que com a incerteza dos vestibulares o estímulo caiu, não só meu, conversei com uns amigos e eles se sentem da mesma forma”.

Rafaela Amorin tem 21 anos e se prepara para dois vestibulares regionais e o Enem há três anos, a vestibulanda pretende cursar medicina. “Já é meu terceiro ano de cursinho e a vida está passando, eu realmente preciso passar esse ano”, demonstra a preocupação.

Antes da pandemia, Rafaela frequentava três cursinhos presenciais, agora todos foram trocados por aulas virtuais. Entre os afazeres domésticos, ela tenta focar nos estudos. “Afetou muito negativamente a minha rotina”, lamenta.

Embora tenha estipulado horários para estudar, Rafaela admite que o conteúdo dos estudos está atrasado. “O conteúdo está todo atrasado, porque me distraio muito em casa com cachorros, TV, celular, vizinhos, enfim, tudo. Eu não consigo manter o foco que eu tinha no presencial”.

E depois dos vestibulares?

Indo mais além, perguntamos às vestibulandas sobre o tão sonhado momento de ingresso na faculdade. Por se tratar de um vírus novo, laboratórios do mundo todo correm atrás de vacinas e formas para deter a disseminação da doença, mas até o momento não há um prazo para essas conquistas.

Em relação ao ingresso na faculdade, Larissa admite que já se preocupa com essa etapa. “Como São Paulo tem o maior número de casos de coronavírus, é preocupante, principalmente para aqueles estudantes que vão prestar nessa região”, diz a estudante, que pretende fazer Fuvest e Unesp.

Rafaela não se prolongou nas preocupações e explica que no momento está focada em não procrastinar nos estudos. “Não me preocupo com o ingresso em si, me preocupo com a procrastinação mesmo, porque nessa quarentena está mundo difícil para manter o ritmo”.

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