O governo do Paraguai decretou situação de emergência hídrica nos rios Paraguai e Paraná devido ao baixo nível deles, que são os principais do país. Pois, a falta de chuvas fez com que surgissem as calhas, que representam uma grande dificuldade para a navegabilidade.

Por meio do Decreto nº 4.084 de 22 de setembro, o Presidente da República Mário Abdo Benítez declarou estado de emergência hídrica. Assim, autoriza o Ministério de Obras Públicas e Comunicações a tomar as providências necessárias para garantir a navegabilidade dos rios e a operação do comércio exterior.

O setor de navegação exigiu celeridade do governo para o início da dragagem do , estimado para novembro. O processo está em fase de para retirada entre 1.500.000m³ e 3.000.000m³ de sedimentos em ambos os rios. Portanto, o serviço inclui o trecho norte do rio Paraguai, denominado trecho soberano.

Os rios do país passam por uma baixa histórica, prejudicando o comércio de transporte fluvial. O diretor do Centro de Armadores Fluviais e Marítimos do Paraguai (CAFyM), Esteban Dos Santos, disse que se o governo não tomar ações rápidas para minimizar os efeitos da estiagem, o setor sofrerá perdas elevadas.

Hoje o recorde do Porto da Capital indicava -3cm, marco histórico após 49 anos e segundo as previsões, não são esperadas chuvas suficientes nos próximos três meses que possam ajudar a melhorar as condições atuais do canal de água.

Então, no trecho soberano, entre Remanso Castillo e o rio Apa, existem atualmente dezenas de rebocadores parados. Eles estão carregados com , cereais, combustível e pedra sem poderem cruzar devido ao nível crítico do rio Paraguai.