Segundo o Governo de Mato Grosso do Sul, de janeiro a abril de deste ano foi registrado um aumento de 40% nos focos de queimadas na região do Pantanal corumbaense, em relação ao mesmo período do ano passado. Apenas em abril, foram contabilizados mais de 360 focos de incêndio.

De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Semagro, o aumento dos incêndios estavam previstos para o final do primeiro semestre do ano.  “O que aconteceu em março e vem acontecendo em abril é algo que nós esperávamos que só acontecesse a partir de junho. Nós estamos com indicadores que apontam quase dois meses de antecipação do tempo seco”, explica.

Após quatro dias de combate às queimadas no Pantanal, na região de Corumbá, os focos de incêndios devem ser controlados ainda nesta sexta-feira (24). Para reduzir os impactos ambientais, o Governo do Estado iniciou uma operação com três aeronaves na última terça-feira (21).

A ação desta sexta-feira (24) abrange a área da Fazenda Santa Tereza, que fica na região norte do município. Na coordenação da força-tarefa, a Semagro (Secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Agricultura Familiar e Produção) e o Corpo de Bombeiros definiram que a prioridade seriam os focos que ficam ao redor da morraria da Serra do Amolar.

Ações de combate

Com mais de 360 focos de incêndio em abril, Pantanal tem 40% mais queimadas este ano
Focos de incêndio no Pantanal.
Foto: Governo do Estado.

O diretor do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo, destaca que o uso de aeronaves foi essencial para o controle dos focos de incêndio. “O lançamento de água e os combates por terra evoluíram para a extinção do fogo, que era muito intenso na região”, explica.

Para equipe que atua no combate do incêndio, foram enviados aviões Air Tractor, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso e do Distrito Federal, um helicóptero Harpia, da Polícia Militar de MS, e cerca de 37 profissionais, entre bombeiros, pilotos e pessoal de apoio. Nesta sexta-feira (24), o Corpo de Bombeiros pediu ajuda aos brigadistas das fazendas afetadas, para realizar o combate terrestre em pontos próximos ao Rio Paraguai.