Com mais de 3 mil demitidos, bares e restaurantes querem flexibilizar toque de recolher

O setor de bares e restaurantes já demitiu mais de 3 mil empregados em Mato Grosso do Sul e para evitar mais desligamentos, o setor tenta flexibilizar o toque de recolher em Campo Grande. Atualmente, a restrição vai das 22 horas até às 5 horas da manhã e os empresários pedem pelo início do toque […]

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O setor de bares e restaurantes já demitiu mais de 3 mil empregados em Mato Grosso do Sul e para evitar mais desligamentos, o setor tenta flexibilizar o toque de recolher em Campo Grande. Atualmente, a restrição vai das 22 horas até às 5 horas da manhã e os empresários pedem pelo início do toque a meia-noite.

Presidente regional da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Juliano Wertheimer, afirma que além das demissões, negociações sobre suspensão e redução de jornada e salários também ocorrem em várias empresas do Estado.

Os desligamentos, segundo Julio, podem aumentar no próximo mês, já que muitos estabelecimentos do setor estão em férias coletivas no mês de abril, e só devem decidir se retornam às atividades com mesmo quadro de funcionários no mês que vem.

“Não há nenhuma perspectiva positiva, há bastante incerteza por falta de organização do Governo [Federal], a retomada precisa ser organizada”, afirma o representante da Abrasel.

Para tentar diminuir os impactos da crise causada pela pandemia, o setor iniciou tratativas com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para que o toque de recolher tenha o tempo reduzido, com isso, os restaurantes e bares teriam mais tempo para atender os clientes.

“Não faz parte do costume do campo-grandense sair para jantar cedo, por isso fica inviável para um restaurante fechar 21h ou 21h30”, completa Julio Wertheimer.

Conversa com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) deve ocorrer nos próximos dias para que a reivindicação seja analisada. Para o setor, medidas de isolamento como a redução de lotação dos estabelecimentos em 30% e distanciamento das mesas dificulta que os estabelecimentos consigam lucrar o suficiente para cumprir com os compromissos financeiros.

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