Boletim epidemiológico do novo coronavírus () elaborado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) apontou, até as 10h deste domingo (19), que atingiu 168 casos da doença. Os dados foram divulgados nesta manhã, apontando que se manteve o número de óbitos (5, sendo dois pacientes de Campo Grande, dois de Batayporã e um de ).

Conforme os dados apresentados pela secretária-adjunta de Saúde, Christinne Maymone, o Estado registrou 1.211 sobre coronavírus, com 168 casos confirmados e 43 que seguem sob investigação. Foram descartados 979 casos (após testagem) e excluídos 21, que não se enquadravam nos padrões da doença.

Na comparação com o sábado (18), são 7 casos a mais confirmados, 2 deles em Campo Grande (um homem de 39 anos que viajou para a Inglaterra e uma mulher de 42 que voltou dos Estados Unidos, ambos com quarentena concluída).

Os demais pacientes tiveram contato com outras pessoas doentes, estando 2 em (uma mulher de 32 anos e um homem de 41), um em (um homem de 28 anos), e 2 em Três Lagoas. Na cidade do Bolsão, uma mulher de 76 anos está em isolamento domiciliar, situação dos outros pacientes do interior, e uma de 39 anos está internada.

A SES aponta que, dos 168 casos confirmados até aqui, 60 seguem em isolamento domiciliar e 66 finalizaram a quarentena sem apresentar sintomas. Há 23 pacientes internados, 12 deles em leitos públicos (4 em UTIs) e 11 em leitos privados (6 em UTIs). Outros 14 pacientes já tiveram alta hospitalar.

O panorama dos pacientes mostra leve predominância das mulheres entre os contaminados (52% deles são do sexo feminino, ante 48% do masculino) e mantém, ainda, predominância do volume de casos entre pessoas de 30 a 39 anos (que são 30,4% dos doentes). A faixa da população com mais de 60 anos, considerada um dos grupos de risco para a doença, concentra 19% dos casos no Estado.

Distanciamento social

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Queda no isolamento social coincidiu com o aumento no total de casos. (Imagem: Divulgação)

Christinne ainda repetiu o alerta de que mais municípios do Estado apresentam casos de Covid-19, indicando a interiorização da doença.

Já o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, realçou a importância do distanciamento social como forma de combater o avanço do coronavírus. Estatísticas apontadas pela SES mostram que a doença avançou conforme os índices de isolamento medidos pelo sistema InLoco (a partir de informações coletadas em telefones celulares) caíram. Isto é, quanto menos do distanciamento, mais a doença avançou.

Mato Grosso do Sul esteve, por semana, na lista de Estados que menos aderiram à prática –sendo o pior do país nesse quesito em diferentes ocasiões.

Os dados de 18 abril mostram que, quando a taxa de isolamento chegou a 59,5% (isto é, praticamente 6 em cada 10 sul-mato-grossenses ficaram em casa), o número de casos aumentou em proporção bem inferior à registrada nos dias anteriores (veja quadro).

“É importante que a gente mantenha a preocupação, alerte e chame todos para contribuir. Converse com sua família, é importante preservar a vida das pessoas que fazem parte do núcleo. Converse com seus filhos, avós, irmãos, pais, para que a gente possa, de fato, buscar uma taxa de adesão que supere a merca dos 40%, principalmente sabendo que tem relação direta: quanto menor a adesão [ao isolamento], maior o número de casos”, afirmou Geraldo.