Equipes do (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) estão recolhendo amostras de rios do para avaliar a qualidade da água e se houve impacto causado pelos incêndios e a seca extrema. Levantamento das águas de Porto Murtinho e indicam queda na quantidade dos níveis em 40%.

Os pesquisadores percorreram 24 pontos de monitoramento e encaminharam para análise em laboratório. O estudo irá avaliar o antes, durante e o resultado da via fluvial.

Foram coletadas as amostras nos trechos dos rios Piquiri, Itiquira, Cuiabá, , Nabileque, Branco e Apa, além do Canal do Tamengo. A fase da coleta aconteceu entre os dias 21 de setembro a 2 de outubro. Foram cerca de 1,2 mil quilômetros percorridos. Já a segunda campanha entre os dias 20 de outubro a 5 de novembro.

“A partir da primeira campanha de amostragem, ocorrida ainda no período de estiagem (setembro e outubro), a avaliação feita a partir das análises e medições efetuadas indica que a qualidade das águas no rio Paraguai e afluentes ainda se apresentava preservada e dentro das características esperadas para essa época do ano”, explica a chefe da Unidade de Monitoramento do Imasul, bióloga Marcia Cristina de Alcântara.

Primeiros resultados

“Os primeiros dados apontam para uma normalidade e são bastante coerentes com os dados do monitoramento nessa época do ano. As concentrações de oxigênio dissolvido e pH estão em níveis normais, sem oferecer risco à vida aquática”, aponta o relatório.

Já a segunda campanha ainda está em análise. Conforme o governo do Estado, a informação preliminar é que comparando com a primeira fase do projeto, uma leve queda nos valores de oxigênio dissolvido e um leve aumento nos valores do pH foram encontrados, mas ainda dentro dos padrões para a época do ano e de acordo com série histórica.

Porém, o chefe da unidade de laboratórios, Francisco Gilvanci dos Santos, explica que o levantamento de vazão instantânea medidos nos meses de setembro e outubro, em Ladário e Porto Murtinho indicam diminuição da qualidade em 40% comparada ao ano de 2019.

“Isso ocorre devido ao período de extrema estiagem que interfere na relação entre chuva e vazão, diminuindo o volume de escoamento”.

Os estudos devem ser feitos mensalmente, onde as amostras passam por 22 parâmetros de qualidade da água. Os pesquisadores coletam água da superfície, as vazões, solo, planície pantaneira. Os dados são enviados a ANA Agência Nacional de Águas) e ao Qualiágua (Programa Nacional de Qualidade das Águas).