Depois de uma semana em regime de lockdown, a cidade de começou a voltar à rotina a partir desta sexta-feira (7). Com um aumento no número de casos e de mortes por , principalmente em aldeias indígenas, a cidade ficou em lockdown por sete dias como uma medida para controlar a doença. Entretanto, estudo recomenda que cidade estenda o lockdown por pelo menos mais uma semana.

Mortes aumentam e relatório recomenda lockdown por mais 7 dias em Aquidauana
(Fonte: , UFGD, UFOB)

Um relatório elaborado por pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia) aponta que a microrregião de saúde de Aquidauana inspira cuidados e medidas mais restritivas para evitar o avanço do novo coronavírus na região. 

O relatório mostra comparações entre os dias 18 de julho e 1º de agosto, mostrando que em uma escala de 1 a 5, Aquidauana e Miranda foram enquadrados no nível de alerta 4. Anastácio e Dois Irmãos do Buriti no nível de Alerta 3, Nioaque no nível de Alerta 2 e Bodoquena no nível de Alerta 1. “Percebemos um avanço bastante acelerado da doença e não é hora de afrouxar medidas de restrições”, explica Eva Teixeira dos Santos, doutora em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, professora e pesquisadora da UFMS. 

O relatório ainda analisou a efetividade do lockdown de uma semana em Aquidauana. Pesquisadores recomendam que a Prefeitura avalie diariamente a situação do coronavírus no município e considere os avanços do nos últimos 14 dias. A pesquisadora Eva Teixeira dos Santos sugere, ainda, a ampliação desse período por mais sete dias.

Apesar de alguns municípios estarem em na escala 2 ou 1, como é o caso de Nioaque e Bodoquena, as medidas de prevenção ao coronavírus não podem relaxar. “Às vezes as pessoas veem o nível de Alerta 2 e 1 e acham que a doença está ‘leve' nesses municípios. Esclarecemos que alerta é alerta. Se está em alerta é porque já saiu da normalidade”, alertou o professor e pesquisador da UFGD, Adeir Archanjo da Mota, doutor em Geografia e especialista em Geografia da Saúde.

A pesquisadora e professora da UFOB, Fernanda Vasques Ferreira, ainda recomenda que os gestores comuniquem sobre o coronavírus de forma adequada. Segundo ela, o diálogo com a população precisa ser constante e ainda é preciso parar com a distinção de economia e pandemia.

“O que é melhor: parar tudo e recomeçar gradativamente e com segurança ou colapsar o sistema de saúde e abrir covas rasas?”,questionou a jornalista que tem pesquisa na área de comunicação, saúde e políticas públicas.