Uma pesquisa realizada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) identificou que há duas linhagens do coronavírus circulando na região pantaneira em Mato Grosso do Sul. A pesquisa foi desenvolvida por meio do diagnóstico molecular, com amostras coletadas no sistema de testes drive-thru na cidade de Corumbá, a 425 km de . A pesquisa mostrou que as linhagens do vírus têm origem na Europa e em países da América, como Brasil, Argentina e

A pesquisadora da Fiocruz em MS, Zoraida Fernandes explica que a pesquisa surgiu do interesse em conhecer as características genéricas do vírus que circula em Corumbá e nos municípios próximos. “[Dados podem] fornecer informações importantes sobre a possível origem da transmissão, as diferentes linhagens encontradas na região e, suas mutações, contribuindo dessa forma para as tomadas de decisão nas ações de vigilância em saúde”, disse a pesquisadora.

Duas linhagens do novo coronavírus foram identificadas, o que sugere ao menos duas introduções do SARS-CoV-2 na região de tríplice fronteira entre Brasil, e . “Essas foram as primeiras sequências do genoma das linhagens do SARS-CoV-2 circulando em Mato Grosso do Sul a serem identificadas e que estarão disponíveis a comunidade científica mundial por bancos de dados internacionais”, explicou a pesquisadora Alexsandra Favacho, da Fiocruz MS.

Conforme informações divulgadas pela Fiocruz, foram identificadas as linhagens de SARS-CoV-2 B.1.1.28 e B.1.1.33. Uma das linhagens é frequentemente encontrada na Europa e se espalhou por todos os continentes, a outra é encontrada no continente americano, principalmente no Brasil, Estados Unidos e Argentina.

O sequenciamento genético das amostras colhidas em Corumbá foi feito em colaboração com duas unidades da Fiocruz. O sequenciamento é importante para entender o comportamento do coronavírus, não apenas as mutações, mas também as consequências do coronavírus na região. 

O estudo continua para o mapeamento genético de uma maior quantidade de amostras coletadas desde o início das atividades do drive-thru até o último mês de coleta. O mapeamento vai ajudar a entender a dispersão do vírus na região pantaneira e em Mato Grosso do Sul.