Em comércio movimentado, campo-grandenses juram sair de casa só para o necessário
O número de casos de coronavírus não para de crescer e ainda assim o comércio da Campo Grande continua movimentado. As pessoas dizem que só saem de casa para o necessário, mas para evitar a movimentação nas ruas, a Prefeitura de Campo Grande decretou novas regras para o funcionamento do comércio. Com horário permitido somente […]
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O número de casos de coronavírus não para de crescer e ainda assim o comércio da Campo Grande continua movimentado. As pessoas dizem que só saem de casa para o necessário, mas para evitar a movimentação nas ruas, a Prefeitura de Campo Grande decretou novas regras para o funcionamento do comércio. Com horário permitido somente até as 17 horas e lockdown nos fins de semana, comerciantes temem prejuízo.
Emerson Godoy, de 24 anos, entrou no processo de tirar a primeira habilitação e conta que só vai ao centro da cidade por conta da autoescola. Ele explica que estava no centro por causa do exame psicológico, mas que tem medo de andar nas ruas porque tem uma filha pequena de um ano e seis meses.
Camila Balduíno, de 19 anos, também está entre as pessoas que só comparece ao centro para resolver alguma pendência, como pagar contas. Ela explica que cada saída é um risco, já que os ônibus ficam cheios mesmo durante a pandemia. “Quando sei que vou ao centro, já tenho com todos os boletos e pago de uma vez. É um risco, os ônibus lotam e tem muita gente que tira a máscara assim que passa pela catraca”, diz.
O vendedor de máscaras Orivaldo Garcia Leal, de 52 anos, afirma que terá algum prejuízo com as novas mudanças no comércio, mas que concorda com as medidas pelo bem da saúde dos campo-grandenses. “Atrapalha [no lucro], mas não faz tanta diferença. Percebo que a cada decreto diminui o número de pessoas nas ruas, as pessoas estão usando mais as máscaras”.
Maria de Fátima também trabalha com vendas no centro e diz que sexta e sábado eram os melhores dias para vender. Com o lockdown nos fins de semana, as vendas ficarão prejudicadas. “O que atrapalha são os bares e restaurantes abertos, as pessoas continuam indo e espalhando o coronavírus. Aí quem precisa sair para trabalhar fica prejudicado”.
Jaqueline Oliveira, de 25 anos, afirma que o esposo é dono de uma bicicletaria e que os melhores dias para vender são sábado e domingo. Com o lockdown nos fins de semana, o prejuízo já é esperado. “São os melhores dias porque as pessoas arrumam a bicicleta, saem para exercícios ao ar livre. Agora vai prejudicar ainda mais o comércio”.
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