Com 31 mortes em três meses, verão foi o ‘vilão’ para dengue neste ano em MS

Com mais de 71 mil casos notificados de dengue, Mato Grosso do Sul atingiu um número histórico diante das mortes pela doença. Faltando um mês para encerrar o ano, MS superou o número de mortes registradas em 2019 e soma 42 vítimas que morreram pela doença e 31 delas ocorreram somente nos três primeiros meses […]

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(Foto: Arquivo/Midiamax)
(Foto: Arquivo/Midiamax)

Com mais de 71 mil casos notificados de dengue, Mato Grosso do Sul atingiu um número histórico diante das mortes pela doença. Faltando um mês para encerrar o ano, MS superou o número de mortes registradas em 2019 e soma 42 vítimas que morreram pela doença e 31 delas ocorreram somente nos três primeiros meses do ano.

De acordo com médico infectologista, a pandemia não foi a causa para a quantidade de número de casos ou de mortes neste ano, mas sim, a estação do ano. O verão, época de calor e chuva, contribuiu para a grande proliferação da doença em Mato Grosso do Sul.

Conforme avaliou o infectologista da SES, Júlio Croda, até março deste ano, 31 pessoas haviam morrido pela doença e em 2019 todo, 32 moradores não resistiram ao vírus da dengue. “O período mais impactante foi o verão. Antes da pandemia, onde até março já tinham 31 óbitos registrados”, comentou.

O alto índice de incidência pela doença coloca Mato Grosso do Sul no 2° lugar do ranking dos estados com maiores incidências no país. O indicativo coloca MS todo com alerta de alta incidência, que corresponde acima de 300 casos por 100 mil habitantes.

De acordo com boletim epidemiológico desta quarta-feira (18), Campo Grande soma 18.948 notificações pela doença e 12.641 confirmações. Três Lagoas aparece com 4.066 notificações e 2.790; Corumbá, com 4.030 notificações e 1.671; Ponta Porã com 5.527 notificações e 4.093 e Dourados, com 2.205 notificações e 1.197.

O boletim da Saúde mostrou também que os habitantes com idades entre 20 e 29 anos são os mais infectados pela dengue, correspondendo a 19,73% do total de casos confirmados. Logo atrás, vem os moradores com idades entre 30 e 39 (18,11%) e o a população de 10 a 19 anos (15,93%).

Bairros com maiores incidências

Três bairros de Campo Grande apareceram no LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti) mais recente como um dos que mais tiveram surgimento de casos de dengue neste ano, conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde). Quem vive no Tiradentes, Nova Lima e Vila Nasser acredita que a pandemia pode ter desviado a atenção para a doença em MS, mas há quem diga que problema seria o mesmo, independente do surto viral no Estado.

Medidas Importantes

As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes aegypti são:

  • Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
  • Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
  • Manter caixas d’água bem fechadas;
  • Remover galhos e folhas de calhas;
  • Não deixar água acumulada sobre a laje;
  • Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana;
  • Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
  • Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
  • Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
  • Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
  • Acondicionar pneus em locais cobertos;
  • Fazer sempre manutenção de piscinas;
  • Tampar ralos;
  • Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
  • Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
  • Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;
  • Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
  • Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;
  • Catar sacos plásticos e lixo do quintal.

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