Chegada do friozinho e tempo seco contribuem para doenças respiratórias, diz especialista

A chegada de uma frente fria a Mato Grosso do Sul fará com que as temperaturas sofram uma queda durante a semana, podendo chegar aos 15°C em alguns municípios. Com a chegada desse friozinho e a atual situação pandêmica, deixa muitas pessoas preocupadas com o possível aumento de contágio do novo coronavírus (Covid-19). O outono […]

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A chegada de uma frente fria a Mato Grosso do Sul fará com que as temperaturas sofram uma queda durante a semana, podendo chegar aos 15°C em alguns municípios. Com a chegada desse friozinho e a atual situação pandêmica, deixa muitas pessoas preocupadas com o possível aumento de contágio do novo coronavírus (Covid-19).

O outono começou no dia 20 de março, mas nesta semana a preocupação com gripes, resfriados e doenças respiratórias aumenta, conforme informações de alguns estudos preliminares, os vírus que provocam os quadros respiratórios, inclusive o da Covid-19, se movimentam melhor no clima frio e seco, como tende a ser a estação.

Segundo o médico pneumologista Henrique Ferreira de Brito o outono e o inverno, sempre é uma situação que tem impacto na saúde, principalmente na saúde respiratória. “Tanto pela troca da estação, mudança na temperatura, mas também porque temos um inverno seco, por isso as pessoas manifestam mais as doenças respiratórias”, explicou.

Ele ainda explica que com o tempo frio, a tendência é manter os ambientes menos arejados e pelo nosso instinto acabamos ficando mais próximos um do outro para se manter aquecido. “Nós não temos um inverno tão rigoroso, mas mesmo assim temos o frio e o tempo seco que é o grande vilão. Porque o ar precisa estar umidificado para chegar com qualidade nos nossos pulmões, principalmente para facilitar nossa defesa respiratória aos fatores externos”, afirma.

“Com esse ar externo mais ressecado e a ingestão de menos água durante a estação, temos uma tendência ao ressecamento da mucosa. Tanto por ingerir menos água quanto pelo ar externo ressecado, que fica com sua função comprometida de defesa”, completa.

Conforme o especialista, a mucosa ressecada perde a adesão e acaba diminuindo a defesa contra os agressores externos. “Como funciona, a mucosa úmida  cola o agressor externo – vírus, bactérias, ácaros, poeira –  e as imunoglobulinas, nossos defensores, neutralizam o agressor. A mucosa ressecada perde essa função de defesa e não deixa o ar úmido e aquecido irritando e fragilizando nosso sistema respiratório de forma geral. Por isso ficamos mais suscetíveis a esses quadros respiratórios infecciosos”, detalha.

Sobre o coronavírus, doutor Henrique lembra que ele também é um vírus que agride o sistema respiratório e por isso esse clima acaba sendo favorável ao contágio também. “O coronavírus é um vírus que causa um quadro respiratório desde um quadro gripal mais leve até uma pneumonia mais intensa como temos visto e entra nessa situação. O vírus gosta do frio e do seco”, destaca.

Para se prevenir, o pneumologista lembra que é importante manter uma alimentação saudável, beber bastante água, os ambientes devem estar arejados e procurar manter ar úmido usando umidificadores e até mesmo toalhas molhadas ou outros artifícios ajuda a evitar o contágio e a manifestação de quadros respiratórios durante o período.

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