Os campo-grandenses descobriram novos dons culinários durante o período de isolamento em casa. Na cozinha, quem não sabia, teve que se virar e aprender. Já quem tinha um pouco de conhecimento, virou um chef e tanto.
É o caso de uma família campo-grandense, que cancelou os planos para viajar este ano, mas acabou criando, em casa mesmo, um cardápio variado, com comidas típicas de vários países. E a ‘viagem gastronômica’ deu super certo.
“Os planos eram viajar, íamos para Espanha em março, seria minha primeira vez lá, mas tivemos que adiar por conta da pandemia”, conta a jornalista Thayara Barbosa. Parar tudo e ficar em casa, também foi um baque. “Gosto muito de bares, música ao vivo e as aglomerações em casa, foi um baque parar tudo”, disse.
Em casa, com o marido e dois enteados, o jeito foi criar, inovar os pratos para sair da rotina. A família então pensou na própria ‘viagem gastronômica’. Do Japão a Itália, dos burritos aos donuts, tudo está incluso na lista da família, que faz um prato típico por semana.
É feito um sorteio do país e o prato do dia é escolhido por votação entre Thayara, o marido e os enteados. “Da Argentina já fizemos empanadas, do México, burritos, Espanha, migas e dos Estados Unidos fizemos hambúrguer, cookies e donuts”, revela a jornalista. “Teve até calzone, fizemos a massa e tudo”, completa.
O analista de RH, Fábio Ozuna, também teve que trabalhar de casa desde o início da pandemia. Acostumado a sair com os filhos, de 16 e 20 anos, para comer fora, teve que aprimorar as técnicas culinárias durante a
quarentena e tentar se reinventar na cozinha. “Já sabia cozinhar, mas tive que aprimorar algumas coisas para não sair, ou sair o mínimo possível”, destacou.
Fábio tentou até linguiças artesanais e como a jornalista Thayara, tenta fazer um prato diferente por semana. “Sobá, hambúrguer, novos temperos para carnes e as linguiças artesanais. Toda semana reinvento e faço algo novo”, disse o analista.
Mas… e quem não sabe cozinhar?
Mas nem tudo são flores. Para quem sabe cozinhar, parece ser fácil arriscar, mas para quem só sabe o básico, o jeito foi aprender na internet mesmo. “Eu pegava marmita todos os dias por causa do trabalho, só que veio a pandemia e eu tive que começar a cozinhar diariamente em casa”, conta a jornalista Anna Gomes.
Para aprender, a internet foi a aliada de Anna. “Eu queria fazer algumas coisas diferentes e rápidas, então comecei a olhar receita no You Tube, foi quando aprendi a fazer umas carnes diferentes, umas coisas que eu não fazia. Na verdade, eram diferentes para mim que não estava acostumada a cozinhar”, revela.
Além dos pratos salgados, Anna também aprendeu a fazer sobremesas, mas tiveram algumas que não deram certo. “Essas receitas práticas que são baratas também, comecei a tentar. Eu fui fazer um pavê que dizia super prático, mas a minha cobertura não deu para todo o doce e ficou metade das bolachas aparecendo. As batatas rústicas saíram molengas”, disse.
O marido da jornalista também acabou aprendendo e tomou gosto pela cozinha. “Ele não cozinhava nada, agora ele vê receita e faz aos finais de semana também. Já eu ainda não amo cozinhar, mas aprendi fazer uma coisa diferente. Foi algo necessário”, finalizou Anna.
