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Cotidiano

#CG121: Descubra o museu que guarda a memória de nossos fundadores

Na próxima quarta-feira (26), Campo Grande completa 121 anos de História. Infelizmente, por conta da pandemia de coronavírus, as comemorações terão de respeitar as normas de isolamento social este ano, e muitos parques e museus estarão fechados. Isso inclui o Museu José Antônio Pereira, que conta a história da primeira família que saiu de Monte […]
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Na próxima quarta-feira (26), completa 121 anos de História. Infelizmente, por conta da pandemia de coronavírus, as comemorações terão de respeitar as normas de este ano, e muitos parques e museus estarão fechados. Isso inclui o Museu José Antônio Pereira, que conta a história da primeira família que saiu de Monte Alegre, em , em busca de uma vida mais próspera ao Oeste, e acabou fundando aquela que viria a ser a capital do . Quando voltar a abrir as portas, a atração pode ser uma boa pedida para quem busca se conectar com as origens de nossa comunidade.

#CG121: Descubra o museu que guarda a memória de nossos fundadores
Antônio Luiz Pereira em 1931.

A sede da Fazenda Bálsamo, que fica na Av. Guaicurus, no bairro Monte Alegre, abriga o museu. O casarão rústico de pau a pique no estilo mineiro é dividido em três partes e foi a residência de Antônio Luiz – filho mais velho do fundador José Antônio -, sua esposa, Anna Luiza, e a filha Carlinda Pereira Contar, que, em 1966, doou a propriedade para a prefeitura de Campo Grande. Muitos campo-grandenses se confundem e acreditam que a Fazenda Bálsamo era o lar do próprio José Antônio.

Atraído por notícias de terras férteis e relativamente desocupadas da região então conhecida Campo Grande de Vacaria, José Antônio se engajou em sua primeira aventura ao que viria ser Campo Grande em 1872. Anos depois, em 1975, ele voltou com sua família de Minas Gerais para se instalar de vez por estas terras, que, até então, eram conhecidas apenas pelos índios Guaicurus e por portugueses e bandeirantes que construíram fortes e presídios na região.

José Antônio Pereira sistematizou a ocupação e orientou as demarcações das posses das terras por volta de 1880, dividindo-as com familiares e pessoas aqui estabelecidas. Foi nessa época que o casarão foi erguido.

Logo na entrada do museu, que preserva o cenário bucólico dos tempos da fazenda, é possível ver a escultura do pequeno núcleo familiar que ali viveu, com Antônio Luiz, Anna Luiza e a pequena Carlinda sendo retratados pelo artista José Carlos da Silva “Índio”. A obra foi entregue na década de 80.

Na fazenda, Antônio Luiz reunia seus familiares e amigos, principalmente nas épocas de férias escolares, aniversários e para as festas juninas de Santo Antônio. Ele é lembrado por ter sido festeiro, tocador de viola, e conta-se que fazia questão de reunir em torno de si todos os seus descendentes.

#CG121: Descubra o museu que guarda a memória de nossos fundadores

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Entre as relíquias ali expostas, estão móveis e utensílios que faziam parte do dia-a-dia da fazenda, como o engenho, o tear da “vovó Anna Luiza, o monjolo d’água e o pilão, que eram utilizados para triturar grãos. Diz-se que enquanto as mãos das netas de José Antônio Pereira ocupavam-se em tecer os fios, Anna Luiza pedalava compassadamente a roca do tear.

No museu também se pode ver objetos de decoração da família, peças religiosas, a cozinha e os rústicos e pesados carros de bois usados pelos moradores da comunidade. 

Natureza

Em Campo Grande, não são apenas as obras feitas pelos homens que contam nossa história. A natureza também conta. As árvores centenárias que decoram toda a cidade podem até passar desapercebidas pelos olhos dos campo-grandenses, mas, de fato, chamam a atenção e encantam visitantes de primeira viagem. No museu José Antônio Pereira não é diferente. O casarão tombado em 1983 está cercado pela paisagem preservada da fazenda onde viveu a família Pereira. 

Para quem gosta de curtir e contemplar a natureza, o local conta até com plantas carregadas de história, como duas mangueiras centenárias plantadas por Dona Carlinda quando ela tinha apenas 12 anos e deixava sua infância para trás.

Após ser doada por Dona Carlinda, a fazenda virou museu em 1983, e em 1999 foi restaurado, tornando-se um ponto turístico de Campo Grande. Hoje, o Museu José Antônio Pereira faz parte do Patrimônio de Campo Grande, sendo uma unidade administrativa da Gerência de Patrimônio Cultural da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur). Por conta da pandemia, a atração se encontra, no momento fechada, mas quando voltar a abrir as portas – em data ainda não especificada – deve ficar aberto de terça-feira à domingo, das 9h às 17h. Sábados, domingos e feriados das 13h às 17h.

 

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