As primeiras horas do novo toque de recolher em Campo Grande e restrição a 40% da capacidade de clientes no comércio parece que ainda não surtiram efeito no isolamento social da população que, mais uma vez, segue como o segundo pior do Brasil entre as 27 capitais, conforme apontado pela consultoria In Loco na quinta-feira (9). A cidade cravou 37,19%, melhor apenas que o de Palmas (TO 34,18%), na ação de combate ao coronavírus (Covid-19).

A taxa de é apenas 0,07% melhor que a registrada no dia anterior, quando a cidade também foi a segunda pior. Salvador (BA) teve o melhor resultado entre as capitais, com 45,52%, acima da média nacional de 39,3% –pouco superior aos 38,8% do dia anterior.

Já Mato Grosso do Sul marcou taxa de isolamento social de 38,01%, apenas 0,04 pontos percentuais abaixo da de quarta-feira (8). A leve piora, atrelada à melhora de outras unidades da federação, derrubou o Estado da 9ª para a 7ª posição entre os piores isolamentos sociais do país –atrás de Tocantins (34,22%), Santa Catarina (37,03%), Goiás (37,1%), (37,24%), Pará (37,49%) e (37,58%).

A Bahia foi o melhor dos Estados no isolamento social, com taxa de 43,43%. A In Loco mede a taxa de isolamento a partir da movimentação do sinal de telefones celulares.

Percentual mínimo de isolamento social não foi atingido por cidades de MS

O isolamento social é defendido como a mais eficaz no combate à de coronavírus –evitando que o vírus se espalhe ao se manter as pessoas em casa. Contudo, para ter resultados satisfatórios, deve ter percentual superior a 60%, conforme as autoridades de Saúde.

Nenhum Estado ou capital atingiu tal índice, distante também dos municípios de Mato Grosso do Sul. Os que chegaram mais perto foram Taquarussu (57,1%), Iguatemi (56,3%) e Japorã (54,8%); enquanto Rio Negro atingiu a marca de 24,6%. Rio Verde de Mato Grosso (27,3%) e Paranhos (39,7%) foram as outras duas cidades a marcarem isolamento abaixo de 30%.

A marca de Campo Grande foi a 26ª pior entre os municípios do Estado. A cidade tem 4.070 dos 12.261 casos confirmados em Mato Grosso do Sul, e concentra 30 das 146 mortes no Estado. A doença vem registrando avanço ao longo dos últimos dias, forçando os entes públicos a ampliarem os leitos disponíveis para internação de pacientes graves de Covid-19.