Entregadores enfrentam quarentena nas ruas e sem direitos para campo-grandense comer em casa

Com período de quarentena para a não disseminação do coronavírus (Covid-19), muitas pessoas aderiram ao isolamento social e com isso, os pedidos delivery aumentaram em Campo Grande. No entanto, quem sofre são os entregadores que trabalham para aplicativos. Eles reclamam da falta de direitos trabalhistas e de equipamentos necessários para proteção, deles e dos clientes. […]

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Com período de quarentena para a não disseminação do coronavírus (Covid-19), muitas pessoas aderiram ao isolamento social e com isso, os pedidos delivery aumentaram em Campo Grande. No entanto, quem sofre são os entregadores que trabalham para aplicativos. Eles reclamam da falta de direitos trabalhistas e de equipamentos necessários para proteção, deles e dos clientes.

Cerca de dez moto entregadores se concentraram na noite deste domingo (22) na praça do Rádio Clube, na Capital. Conforme um dos trabalhadores, os aplicativos disponibilizaram a opção de não manter contato, porém não disponibilizaram nenhum incentivo para que eles possam trabalhar seguros. “Aumentou cerca de 25% os pedidos, mas não temos incentivos para comprar máscara ou até o álcool, também não nos explicaram como funciona”, afirmou um dos trabalhadores.

Eles lamentam a falta de treinamento por parte dos aplicativos. “Ontem um cliente se irritou comigo”, disse. “Tenho um bebê e não posso parar, trabalho hoje para ter o que comer amanhã”, destaca o rapaz.

Ainda, conforme o moto entregador, ele trabalhava em uma pizzaria, mas foi dispensado após o surgimento dos aplicativos de entrega. “Eles demitiram porque com os aplicativos não precisam ter nenhum vínculo empregatício e agora, com o toque de recolher, a gente acaba ganhando menos porque os pedidos diminuem”, finalizou.

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