Até chuva forte no dia 12, Campo Grande pode ter ‘minitempestades’ diárias, alerta Inmet

A chegada da frente fria e aumento da umidade do ar em Mato Grosso do Sul, aliadas as intensas ondas de calor vividas nos últimos dias, ocasionaram as ‘minitempestades’, registradas nesta terça-feira (06) e quarta-feira (07), em algumas cidades do Estado. E elas podem continuar ocorrendo, enquanto houver instabilidade, explica o Inmet (Centro de Monitoramento […]

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A chegada da frente fria e aumento da umidade do ar em Mato Grosso do Sul, aliadas as intensas ondas de calor vividas nos últimos dias, ocasionaram as ‘minitempestades’, registradas nesta terça-feira (06) e quarta-feira (07), em algumas cidades do Estado. E elas podem continuar ocorrendo, enquanto houver instabilidade, explica o Inmet (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).

Isso ocorre porque, de acordo com o meteorologista do Inmet, Heráclio Alves, há uma frente fria se aproximando, vinda do Paraguai e Argentina. Por isso, as tempestades têm ocorrido à tarde. “Se forma uma instabilidade. É o período mais quente do dia que se ‘choca’ com essa umidade que está avançando na região”, explica.

Dessa forma, acabam ocasionando chuvas irregulares e não há tempo para serem previstas pela meteorologia. “São pancadas de chuvas que vem intensas, acompanhadas de raios e até granizo”, destaca. As regiões com mais instabilidades são a sul e centro-sul de MS, informa o Instituto.

O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), também destaca que as chuvas que ocorreram nesses dois dias não estavam previstas pelos principais centros de meteorologia do país. “As chuvas no início da primavera são difíceis de prever. Nesses dias foi observado o transporte de umidade da parte norte do Brasil que, juntamente com a elevada temperatura, está criando núcleos convectivos com potencial para pancadas de chuvas, isso causa a formação dessas minitempestades”, explica a coordenadora do Cemtec, Franciane Rodrigues.

Outro detalhe, de acordo com a meteorologista, é o longo período de estiagem que o Estado vem passando. “Contribui com formação agressiva de nuvem com potencial a tempestades e possivelmente, o Inmet não vai conseguir nos avisar a tempo em sua plataforma, pois são movimentações atmosféricas de pequena escala e de curto prazo”.

A coordenadora ainda pede atenção. “Todos querem a chuva, mas esquecem que a chuva da primavera vem acompanhada de raios, granizo, ventos fortes e chuvas intensas, que são comuns nessa época do ano. Devido a velocidade de mudança no tempo, é recomendável atenção a essas chuvas de outubro”, orienta.

Chuva

O indicativo é de que o tempo siga abafado e quente pelo menos até o próximo sábado (10) quando as temperaturas iniciam ligeira queda. Durante o feriado estadual da divisão do Estado (11) e nacional de Nossa Senhora Aparecida (12) mudanças são esperadas pela climatologia.

O Cemtec manteve a expectativa de retorno da chuva em forma de pancadas isoladas a partir de domingo (11). Chuvas generalizadas tem a possibilidade de acontecer entre a próxima terça (13) e quarta-feira (14), podendo pôr fim a este último período de estiagem que ocorre desde 22 de setembro. O volume para o período ainda será baixo com acumulado de 20 milímetros.

Outra boa notícia é que a partir das chuvas as temperaturas terão ligeiro declínio voltando a normalidade esperada do mês entre 18°C a 35°C em todas as regiões do Estado.

Já na segunda quinzena do mês as chuvas podem ocorrer de forma mais espalhada a partir do dia 22 de outubro com acumulado de até 20 milímetros. Antes disso, elas devem se concentrar nos setores norte e bolsão associado a corredores de umidade contribuindo com acumulado de até 30 milímetros, conforme estimativa do Cemtec que sugere acompanhamento de tendências.

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