Aliados de Bolsonaro em MS já se preparam para eleições sem Aliança pelo Brasil
Articuladores do Aliança pelo Brasil, partido criado pelo presidente Jair Bolsonaro, afirmam que dificilmente a nova legenda ficará pronta a tempo das eleições de 2020. “Bem provável que não”, afirmou o deputado federal Luiz Ovando (PSL), que coordena o assunto em Mato Grosso do Sul. “Não há um posicionamento oficial da central coordenadora do partido. […]
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Articuladores do Aliança pelo Brasil, partido criado pelo presidente Jair Bolsonaro, afirmam que dificilmente a nova legenda ficará pronta a tempo das eleições de 2020. “Bem provável que não”, afirmou o deputado federal Luiz Ovando (PSL), que coordena o assunto em Mato Grosso do Sul.
“Não há um posicionamento oficial da central coordenadora do partido. Mas ouvimos manifestações que sugerem esta possibilidade, porque existe certa morosidade, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está mais lento, há aparente boicote”. O parlamentar afirma que foram coletadas 2.911 assinaturas, mas 2.306 são válidas. Mesmo assim, a quantidade supera o necessário, que seria 1.479 no Estado.
Já o vereador Vinicius Siqueira (DEM), que ficou na organização do Aliança em Campo Grande, é mais enfático sobre o tempo insuficiente para a criação oficial de um partido. “Eu contei os prazos de cada fase, não dá mais tempo”. Trâmites de coleta de assinaturas e o processamento delas na Justiça Eleitoral são alguns dos fatores.
Entusiasta da nova sigla, Siqueira permaneceu no DEM, justamente porque o Aliança ainda não saiu do papel. No caso de Ovando, a saída do PSL depende de autorização da Justiça Eleitoral, cuja decisão deve ser divulgada no começo de março. Contudo, mesmo que deixe o atual partido e o Aliança não tenha sido formado, o parlamentar afirma que ficará sem sigla até que a situação jurídica se resolva.
Diferente é o caso do deputado Coronel David (PSL), que também precisa de aval para deixar a atual legenda e entraria no partido de Bolsonaro com vistas à disputa ao cargo de prefeito em Campo Grande. O parlamentar afirmou que estas questões passarão “obrigatoriamente” pelo presidente. “Devo a ele meu mandato e só entro em outra disputa em 2020 se tiver a concordância. Isto se chama lealdade”.
Resolução do TSE prevê, entre as regras, exigência de que somente partidos políticos registrados na Justiça Eleitoral há pelo menos seis meses podem registrar candidatos à eleição. Com o pleito eleitoral marcado para 4 de outubro, as legendas têm pouco mais de um mês para registro.
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