alcançou o pico de casos de há cerca de três semanas e já é possível perceber uma redução no número pacientes internados em decorrência da doença. Um estudo feito por pesquisadores da UFMS ( Federal de Mato Grosso do Sul) aponta que não há evidências de que a Capital possa enfrentar um colapso no sistema de saúde.

As estimativas são resultado de cálculos matemáticos, realizados pelos Erlandson Saraiva, do Inma (Instituto de Matemática) e Leandro Sauer, da Esan (Escola de Administração e Negócios). Os pesquisadores calcularam que Campo Grande atingiu o pico de casos no dia 25 de agosto. Cerca de três semanas depois, a curva de transmissão mostra que a Capital entrou em um período de estabilização da doença, mas ainda não houve redução.

Os pesquisadores analisaram os dados do coronavírus até a última segunda-feira (14) e perceberam que houve uma redução no número de pacientes internados na primeira quinzena de setembro. Entre o dia 31 de agosto e 14 de setembro, o número de internados passou de 292 para 268 na Capital. A quantidade de internados em leitos clínicos passou de 161 para 157, enquanto de internados em UTI passou de 130 para 111.

Os professores também calcularam a taxa de transmissão do coronavírus, que é de 1,06 em Campo Grande, ou seja, cada 100 infectados transmitem a doença para mais 106 pessoas.

A taxa de transmissão ou número efetivo de reprodução da infecção, conhecido como Rt, é uma das ferramentas que podem ser utilizadas pelas autoridades para planejar medidas de isolamento ou de flexibilização. Quando a taxa de transmissão é igual a 1, cada doente infecta apenas uma outra pessoa. Para que a epidemia seja considerada controlada, a taxa de transmissão precisa estar abaixo de 1 por mais de duas semanas seguidas.