A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) está realizando a redistribuição das micro áreas em que cada agente comunitário de saúde (ACS) atende e o número de regiões descobertas devem zerar até a metade desse ano. Em um primeiro estudo, 95% das famílias da Capital já têm a presença de um desses agentes na residência, sendo apenas 6 micro áreas ainda descobertas.

Desde o ano passado, novos estudos estão sendo feitos, já que, segundo o senso populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, Campo Grande tem 895.892 moradores e, 1687 ACSs ativos, sendo o número suficiente para cobertura de 100% da cidade. Para isso, foi levado em consideração o número máximo de 750 pessoas por agente, estipulado pela portaria do Ministério da Saúde nº 2.436, de 28 de setembro de 2017.

Em média, os agentes ficaram com uma área de abrangência de 550 a 650 pessoas, levando em consideração a vulnerabilidade de cada micro área, como quantidade de idosos, crianças menores de dois anos, pessoas acamadas e com comorbidades.

Com o estudo realizado, 120 micro áreas que estavam descobertas até o início desse ano passaram a contar com a presença de um desses profissionais. “Nossa maior dificuldade é que, quando esses agentes fizeram concurso, eles foram designados para uma região específica, então temos que fazer esse redimensionamento sem que retiremos eles desses locais”, explica a coordenadora da rede de atenção básica, Glória Araújo.

Ela ainda comenta que há apenas duas situações em que o agente pode sair de sua área de origem, quando ele faz a aquisição de um imóvel próprio, e sua moradia é distante do local de atuação, ou quando há risco à vida do profissional. “Mesmo assim, acredito que não será necessário a convocação de novos ACSs”, conclui.

O novo redimensionamento de micro áreas entre os ACSs entrará em vigor a partir da data em que for publicado em Diário Oficial, e, por enquanto, os profissionais ainda estão atuando em suas regiões anteriormente definidas e fazendo o reconhecimento das novas.

Função do Agente Comunitário de Saúde

Para a Atenção Básica, o redimensionamento das micro áreas entre os ACSs é de grande valia, visto que é deles a função de acompanhar os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em suas residências. Segundo a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), o profissional deve estar em contato permanente com as famílias da área de cobertura em que atua.

Ele deve desenvolver ações educativas com essas pessoas, visando a promoção da saúde, à prevenção de doenças, além do acompanhamento de pessoas com problemas de saúde.

O agente também realiza o acompanhamento de famílias que participam de programas sociais do governo, orientando e tirando dúvida dos moradores quanto às atualizações e obrigações de cada parte integrante. (Informações da assessoria)