A Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) que traz dados sobre os TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) referente a 2018 traz que acesso à já se encontra em 78,1% dos domicílios brasileiros. Na última aferição, o índice era de 74,9%. O levantamento é realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia) e foi divulgado nesta quarta-feira (29).

Acesso à internet chega a 79,1% dos domicílios brasileiros, a maioria por celular
Fonte: PNAD Contínua TIC 2018 | IBGE | Reprodução

De acordo com a pesquisa, o celular é o equipamento mais usado para acessar a Internet e foi encontrado em 99,2% dos domicílios que acessam a rede. O segundo foi o microcomputador: o equipamento só era usado em 48,1% dos lares. Já o Acesso à internet pela televisão subiu de 16,1% para 23,3% dos domicílios, de 2017 para 2018.

A PNAD Contínua TIC 2018 também traz que o rendimento médio per capita dos que utilizavam tablet para navegar na internet era o dobro do recebido por aqueles que acessavam a rede pelo celular e 37,7% superior ao dos que usavam computador.

A conexão por banda larga móvel (3G ou 4G) mantém liderança (80,2%), mas o percentual de usuários da fixa (75,9%) vem se aproximando. No período de 2016 a 2018, constatou-se tendência de crescimento dos domicílios em que eram utilizados os dois tipos de banda larga e leve retração do uso de somente um tipo de conexão.

Entre 2017 e 2018, o percentual de pessoas que tinham celular próprio subiu de 78,2% para 79,3%, chegando a 82,9% nas áreas urbanas e a 57,3% nas rurais. Já a proporção de domicílios com telefone fixo caiu de 31,6% para 28,4%, no período.

Acesso à internet chega a 79,1% dos domicílios brasileiros, a maioria por celular
Fonte: PNAD Contínua TIC 2018 | IBGE | Reprodução

O percentual de pessoas que fizeram chamadas de voz via Internet subiu de 83,8% em 2017 para 88,1% em 2018. A proporção de pessoas que acessaram à rede para assistir vídeos também subiu, no mesmo período, de 81,8% para 86,1%.

De 2017 para 2018, o percentual de domicílios com TV por assinatura variou de 32,9% para 31,8%. Nesse período, na área urbana, esse percentual caiu de 35,6% para 34,3% e, na rural, subiu de 14,1% para 14,9%. Cerca de 51,8% dos que não tinham esse serviço o consideravam caro. No mesmo período, a proporção dos domicílios que não tinham TV por assinatura e o substituíram pela disponível na Internet cresceu de 2,4% para 3,5%. O material de apoio da PNAD Contínua TIC está à direita.

Nos 14.991 mil domicílios do País em que não havia utilização da Internet, os três motivos que mais se destacaram (84,4%) foram: falta de interesse em acessar a Internet (34,7%), serviço de acesso à Internet era caro (25,4%) e nenhum morador sabia usar a Internet (24,3%). Em outros 7,5% das residências os moradores disseram que não havia disponibilidade de rede na área do domicílio e 4,7% deram como justificativa o alto custo do equipamento eletrônico para conexão.

Acesso à Internet é mais alto entre mulheres e jovens

Aproximadamente três quartos (74,7%) da população brasileira com 10 anos ou mais de idade (181,9 milhões de pessoas) acessaram a internet no período de referência da PNAD Contínua, uma alta de 4,9 pontos percentuais em relação a 2017 (69,8%). Nesse período, esse percentual de utilização subiu de 74,8% para 79,4% na área urbana e de 39,0% para 46,5% na área rural, onde continua abaixo da metade.

Cerca de 75,7% das mulheres utilizaram a Internet em 2018, percentual um pouco acima daquele verificado entre os homens: 73,6%.

E a faixa etária que mais utilizou a Internet em 2018 foi a de 20 a 24 anos, alcançando 91,0% do público com esta idade. Mas, de 2017 para 2018, houve crescimento do uso em todos os grupos etários, tendo o de 55 a 59 anos tido o mais expressivo aumento.

Acesso à internet chega a 79,1% dos domicílios brasileiros, a maioria por celular
Fonte: PNAD Contínua TIC 2018 | IBGE | Reprodução