O céu chamou a atenção de alguns moradores de Campo Grande nesta segunda-feira (19). O dia amanheceu cinza e a primeira impressão é de que o céu está nublado ou de que uma chuva se aproxima. Além disso, o sol também estava diferente logo no início da manhã, com uma coloração de laranja escuro, quase avermelhado.
Apesar da impressão, o meteorologista Natálio Abrahao Filho, da Estação Meteorológica Uniderp, garante que o céu não estava encoberto e que a chuva não deve chegar tão cedo. A previsão é de que a chuva deve chegar em Campo Grande apenas na próxima semana.
“O céu não está encoberto, o que existe é uma névoa seca associada à fumaça de queimadas. Isso vai ficar e só vai melhorar quando chover, a previsão é para o dia 26”, alerta o meteorologista.
Sobre o sol vermelho, o fenômeno está diretamente ligado à presença de névoa seca e poeira no ar. “O sol ao nascer está no mesmo ângulo de difusão das cores do arco-íris, menos o laranja, por isso fica assim. A poeira difunde o marrom do pó. Em resumo, é a difusão da cor alaranjada”, diz. Ainda segundo Natalio, a cor do sol vai mudando, conforme ele muda de posição.
Sol avermelhado é sinal do fim dos tempos?
Nas redes sociais, a cor do sol foi registrada pelos internautas. Inclusive, a foto destaque da matéria foi trocada para contemplar o olhar dos leitores,que registraram inúmeras imagens. A cor do sol avermelhado chamou a atenção e foi motivo até de especulações. Teorias sobre o fim dos tempos, sobre a volta de Jesus, sobre as queimadas e desmatamentos estavam entre os comentários.
“Fins dos tempos. Jesus está voltando, gente”, comentou um dos internautas. Já outros concordaram com o meteorologista, dizendo que o fenômeno é causado pelas queimadas.
Apesar da cor intensa e bonita no céu, alguns sul-mato-grossenses também demonstraram preocupação. “Desde ontem ele está assim. É lindo, mas fico preocupada. Tempo seco demais”. Por fim, teve até gente que não percebeu nada de diferente. “Saí tão atrasada para o trabalho que nem olhei para o céu”, brincou outra leitora.
