Após seguir em passeata pelas ruas de Campo Grande e chegarem à Câmara Municipal, o pedido dos mototaxistas de usar a tribuna da casa para fazer as reivindicações acabou em confusão. A desordem aconteceu porque os manifestantes querem usar a palavra na sessão desta terça-feira (12), mas os vereadores apontam que eles devem apresentar um requerimento e podem falar apenas na próxima sessão, na quinta-feira (14).
Cerca de 100 mototaxistas participam da sessão e o vereador Ayrton Araújo (PT) defendeu que os trabalhadores poderiam falar por três minutos, o que inflamou os manifestantes presentes. Aos gritos, os mototaxistas pediam por três minutos na tribuna, quando o presidente da sessão, o vereador Cazuza (PP), explicou que a categoria precisa de um ofício e que poderia falar por 10 minutos na próxima sessão para expor as reivindicações. “Desta forma não há diálogo, esta casa tem um rito. Há uma forma de conduzir a sessão”, explica.
O vereador Eduardo Romero (Rede) recomendou que os mototaxistas formem uma comissão junto ao vereador Valdir Gomes (PP) para apresentar a demanda da categoria na casa. Romero destacou que seria mais vantajoso que eles se manifestassem na próxima sessão, assim eles poderiam se manifestar por 10 minutos ou até mais, ao invés dos três minutos que a categoria pede.
Já Chiquinho Telles (PSD), líder do prefeito Marquinhos Trad (PSD) na casa, se pôs a disposição para ir com a Comissão até a agência responsável, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para apresentar a demanda dos mototaxistas.
Os mototaxistas saíram em passeata e foram até a Câmara nesta terça-feira (12) para pedir a regulamentação dos aplicativos de transporte. Segundo eles, o objetivo era conversar com os vereadores e pedir uma lei que regulamente os motoristas de aplicativo. “O mototáxi paga muito imposto e eles nada, não é justo. A gente paga a taxa de uso do solo e também pagamos seguro, eles não pagam nada disso”, reclama o diretor da Associação dos Mototáxis de Campo Grande, João Alves Ribeiro.
