Um homem de 49 anos foi levado à delegacia depois de quebrar uma porta da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Coronel Antonino, em Campo Grande. O motivo seria a demora no atendimento do local.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, o homem havia levado sua esposa para receber atendimento na unidade, porém, por volta das 13h30 ele teria ficado nervoso, alegando demora e reclamando da forma como estaria sendo tradado pelos funcionários.

O Guarda Municipal que fazia a segurança no local conta que o homem empurrou um banco e acabou derrubando uma porta interna da UPA. O caso foi registrado como dano qualificado e será investigado pela polícia.

No vídeo é possível ouvir gritos de uma paciente, possivelmente da esposa do autor. Segundo testemunhas, o atendimento para pacientes que procuravam clínico geral estaria mais demorado que o normal. Alguns chegaram a relatar que não haveria clínicos gerais na unidade.

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que informou lamentar a atitude do usuário. “É lamentável e inaceitável a atitude do usuário ao depredar o patrimônio público que é um bem comum e de uso coletivo. Atitudes como esta prejudicam o atendimento do próprio usuário, bem como de outras pessoas que necessitam de atendimento. A SESAU compreende que o cidadão que esteja descontente em razão do atendimento possa fazer a reclamação pelos meios legais e oficiais (Ouvidoria SUS) e até mesmo buscar orientação junto ao assistente social da universidade”, informou a secretaria por meio de sua assessoria de imprensa.

Sobre a demora no atendimento, a Sesau afirmou que irá verificar se algum profissional faltou a escala e caso isso tenha ocorrido ele será penalizado, porém, a secretaria salientou que neste período de tempo seco o atendimento nas unidades de saúde tem aumentado, principalmente em casos de crises respiratórias. Com isso a espera também aumentou e estão sendo atendidos primeiros os casos de urgência e emergência.

Entretanto, a secretaria afirma que no momento da confusão o tempo de espera da esposa do autor era de menos de 2 horas, o que está dentro do aceitável para um paciente de classificação verde, que pode aguardar por até 4 horas, conforme preconiza a OMS (Organização Mundial de Saúde).