VÍDEO: Agentes comunitários protestam por melhores condições de trabalho em Campo Grande
Os agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias protestaram em frente à Prefeitura de Campo Grande na manhã desta terça-feira (29). O protesto reuniu diversos trabalhadores com pedido de melhores condições de trabalho nos postos de saúde. O grupo de servidores que ficaram reunidos em frente a prefeitura por meia hora, apontam […]
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Os agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias protestaram em frente à Prefeitura de Campo Grande na manhã desta terça-feira (29). O protesto reuniu diversos trabalhadores com pedido de melhores condições de trabalho nos postos de saúde.
O grupo de servidores que ficaram reunidos em frente a prefeitura por meia hora, apontam que faltam equipamentos básicos para a digitação de relatórios, como computadores, internet, papel e impressora.
O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, explica que os agentes devem digitar relatórios em dois documentos, o e-Sus e o e-Agente.
“Antes tinham que abastecer somente o e-Agente, que seria um programa mais rápido e em dois minutos já estava feito. Aí mudou a norma e agora precisa digitar nos dois, mas não tem estrutura para isso”, disse Tabosa ao Jornal Midiamax.
Os dois programas começaram a fazer parte do cronograma dos agentes desde novembro e a maior reivindicação é a falta de repasse da bonificação de R$ 500 oferecidas para a digitação. “Além de não derem a estrutura necessária, os agentes não têm capacitação. Eles são obrigados a fazerem isso”, pontuou.
Sem condições de trabalho
Duas agentes comunitária falaram com a reportagem e afirmaram não ter condições para trabalhar e mostrar os detalhes dos processos dos atendimentos nas casas campo-grandenses.
“As plataformas são uma forma de provar que os agentes estiveram na casa dos moradores. Antes não tinha essa cobrança e agora o que pedimos é uma capacitação para fazer esse trabalho. São muitos agentes dentro de um posto de saúde e as vezes não tem papel e nem internet”, afirmou a agente que trabalha na Saúde há 17 anos.
Outra servidora disse que as condições de trabalho as vezes “obriga” os funcionários mais velhos a emprestarem uniformes para os mais novos. “Nós prestamos concurso, mas não era para digitar. É uma bonificação de R$ 500, mas todos aqui sabemos que nós vamos nas casas. A gente não tem estrutura para isso [digitação]”, exclamou.
Os agentes têm a opção para poder digitar em casa, atividade que contaria como extracurricular, no entanto, alguns pedem recursos para fazer o procedimento. “Não basta o papel e a caneta que eu tiro do meu próprio bolso? Se quiserem que a gente digite em casa é só pagar a bonificação”, declarou servidora.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sesau, mas até o fechamento desta matéria, não havia se posicionado.
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