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Cotidiano

MS perde 11,3 mil linhas em 2019 e telefone fixo vira coisa do passado

Antes considerados acessórios de luxo, hoje os telefones fixos são cada vez menos usados pelos sul-mato-grossenses. Segundo pesquisa da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), somente neste ano 11.349 linhas de telefone fixo foram desligadas em Mato Grosso do Sul. De 2017 até hoje 7.037 pessoas deixaram de ter linhas telefônicas fixas no estado. O ano […]
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Foto: Dândara Genelhú
Foto: Dândara Genelhú

Antes considerados acessórios de luxo, hoje os telefones fixos são cada vez menos usados pelos sul-mato-grossenses. Segundo pesquisa da (Agência Nacional de Telecomunicações), somente neste ano 11.349 linhas de telefone fixo foram desligadas em Mato Grosso do Sul.

MS perde 11,3 mil linhas em 2019 e telefone fixo vira coisa do passado
Elaborado por: Dândara Genelhú | Especial para Midiamax

De 2017 até hoje 7.037 pessoas deixaram de ter linhas telefônicas fixas no estado. O ano com maior número de linhas desligadas foi em 2018, 13.168 linhas telefônicas deixaram de existir. Mato Grosso do Sul é o segundo estado com menor número de linhas na região centro-oeste: o primeiro colocado é o “vizinho” Mato Grosso, com 36.295 linhas a menos.

O número cada vez menor de pessoas com linhas fixas é facilmente percebido: basta perguntar a quem estiver passando se ainda faz uso do serviço. Foi o caso da costureira Maria Soares, de 65 anos, que ao ser abordada pela reportagem  afirmou não ter telefone fixo há pelo menos 15 anos, nem em sua casa, nem em seu ateliê, ambos localizados na região central de .

Segundo ela, a facilidade do celular permite à costureira atender até público de outros estados. “A pessoa está lá em João Pessoa, manda uma foto e as medidas, faço sem problemas. E o que eu vou fazer com fixo? Fixo só serve para ligar!”.

MS perde 11,3 mil linhas em 2019 e telefone fixo vira coisa do passado
Maria Soares trocou o aparelho fixo, de casa e do comércio, pelo celular | Foto: Dândara Genelhú | Especial para Midiamax

Maria Soares lembra de quando seu telefone fixo só recebia ligações, devido aos atrasos de pagamento, e tinha que ir ao orelhão para realizar ligações e saber como seus filhos estavam. “Quando a conta vinha muito alta, que a gente fazia muito interurbano naquela época, só ficava recebendo, era esse o problema”, comenta ela sobre as surpresas nas faturas do fixo.

Com o celular em mãos durante a conversa, ela conta que com o celular o controle financeiro é maior, já que usa várias vezes durante o mês e o valor da fatura é o mesmo. “A melhor coisa é acabar com o fixo, você vai ficar com o fixo para quê?”

O vendedor Mário Francis, de 49 anos, trabalha numa loja de antiguidades e deixou ter linha telefônica no início dos anos 2000, quando saiu da casa dos pais. Segundo ele, não compensava manter um aparelho fixo em casa, até porque, na época, ele já dispunha de banda larga e, com isso, os aplicativos de ligações gratuitas.

Mesmo que o telefone fixo esteja ligado à memória dos pais, Mário não possui nenhum aparelho de recordação em casa. O vendedor comenta que muitos clientes procuram aparelhos antigos para decoração, e até como objeto de afeto. “O telefone fixo é charmoso, o toque, mas é só isso, ”, comenta sobre os aparelhos.

MS perde 11,3 mil linhas em 2019 e telefone fixo vira coisa do passado
Mário Francis usa telefones fixos apenas no trabalho.
Foto: Dândara Genelhú

Novas gerações

Há mais de 15 anos sem telefone fixo em casa, de Arruda, de 33 anos, comenta que um dos principais motivos para abandonar sua linha foi a dificuldade na comunicação. “No telefone fixo às vezes a pessoa liga e você não está, não te acha, é bem complicado”.

Luiza conta, ainda, que nenhum dos três filhos teve contato com telefone fixo dentro de casa. Ela acredita que os aparelhos fixos vão acabar e que a população em geral já não dá mais importância para eles.

Na casa da estudante Jady Tavares, no entanto, foi a necessidade de baratear os custos que fez a família abrir mão da linha fixa, o que ocorreu há dois anos. Até então, segundo ela, a linha era bastante utilizada. E mesmo considerando o celular como “vida”, a jovem ainda faz uso do aparelho da sua escola, quando precisa ligar para sua família.

O telefone da casa de Jady foi vendido para sua avó, que não possui nenhum celular por não saber utilizar. A estudante comenta que isso dificulta o contato com a avó. “É um pouco complicado, porque às vezes a gente precisa mandar alguma foto, daí têm que enviar pelo celular da minha tia”, conclui.

(Texto com supervisão de Guilherme Cavalcante)

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