Uma das principais reclamações dos usuários sobre os ônibus em é o atraso. O que pouca gente sabe é que a ‘bronca' cai sobre os funcionários da empresa, de acordo com o sindicato dos trabalhadores. Segundo a categoria, são quase 2 mil notificações de multas por mês e o não dá condições para que os motoristas consigam cumprir o horário.

O presidente do Sttcu (Sindicato dos Trabalhadores em Urbano de Campo Grande), Demétrio Ferreira de Freitas, afirma que os motoristas recebem apenas a chave do ônibus e o itinerário, sem qualquer condição de cumprir com os horários.

Os veículos com defeito e a pressão sobre os trabalhadores estão entre as reclamações. Para eles, é praticamente impossível cumprir o horário com as ruas em obras e a falta de estrutura dos veículos. Desta maneira, eles apontam que acabam entregando um serviço ruim.

Ele ainda aponta as obras na cidade como um problema, como a obra da rua 14 de Julho. Segundo ele, com a reforma, o trânsito dos ônibus foi transferido para a rua Rui Barbosa, piorando os atrasos. “[O trânsito] ficou lento, trânsito de carros aumentou na Rui Barbosa. Sempre atrasam de 10 a 15 minutos”. Para Freitas, a legislação que pune os motoristas deve mudar.

Audiência Pública

O transporte público de Campo Grande é alvo de debate em nesta segunda-feira (15) na Câmara de Vereadores. Reclamações de passageiros sobre atrasos, superlotação das linhas, valores da tarifa, condições dos terminais e dos ônibus estarão entre os temas discutidos. A discussão foi proposta para cobrar informações e respostas sobre problemas constatados, a exemplo dos ônibus que ficam parados próximos aos terminais, sem circular em determinados horários.

Foram chamados a participar da discussão o prefeito Marquinhos Trad (PSD), representantes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Consórcio Guaicurus, Conselho de Usuários do Transporte Coletivo, Associação dos Usuários do Sistema Integrado de Transporte Urbano e Estadual Rodoviário e Ministério Público Estadual.

(Colaborou Richelieu Pereira)