O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende (PSDB), afirmou que já foi restabelecido o tratamento de paciente que teve sessão de quimioterapia interrompida no HRMS (Hospital Regional Rosa Pedrossian), devido a falta do medicamento paclitaxel.

Segundo Resende, a paciente entrou em contato com o secretário alegando a falta do medicamento no setor de oncologia do Regional.

“Resolvemos no próprio domingo (6). Conseguimos o medicamento emprestado para que ela possa dar sequência ao tratamento”, destacou. “Estou trabalhando para acionar juridicamente a empresa que ganhou o processo licitatório para fornecimento do medicamento, já que não sei porque ele não foi entregue”, complementou.

Entenda o caso

Uma paciente que faz tratamento para câncer de ovário no setor de oncologia da Regional reportou ao Jornal Midiamax na segunda-feira (7), que um dos medicamentos utilizados – o paclitaxel – estaria em falta. Segundo ela, o tratamento é feito por ciclos, neste caso, de 20 em 20 dias. Assim, o tratamento ‘pela metade’ pode fazer aumentar o número de sessões e, consequentemente, debilitar mais ainda quem está em tratamento.

“O tratamento já debilita a gente. São mais de 8 horas sentada em uma cadeira, além de todo efeito colateral que só quem passou por isso sabe. Tem todo um preparo psicológico para vir nesta sessão e chegar aqui e ser informada que vai fazer o tratamento pela metade. É uma falta de respeito com as pessoas, ainda mais neste caso, onde o remédio é essencial para vida”, afirma a paciente.

Recorrente

A situação não é nova. Eventualmente, pacientes do setor de quimioterapia enfrentam a falta de medicamentos que acaba atrasando o tratamento e deixando as famílias preocupadas.

Em abril do ano passado, a família de outro paciente entrou em contato com o Jornal Midiamax para reclamar da falta de remédios necessários ao tratamento. Na época, o problema era com relação a medicamentos para linfoma.

Servidores do Hospital Regional também informaram que não é a primeira vez que falta medicamento para a quimioterapia. Inclusive, pacientes que vêm para a Capital realizar o tratamento acabam ficando nos corredores durante a punção.