SantaCasa
A equipe de cirurgia cardiovascular da Santa Casa de realizou no dia 7 de outubro a primeira cirurgia cardiovascular minimamente invasiva de troca de válvula mitral pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na instituição. O paciente de Ladário, um homem de 39 anos, sofria a cerca de sete anos de insuficiência valvar mitral grave. Para o procedimento a equipe contou com o auxílio de um ecocardiograma transesofágico, equipamento de vídeo cirurgia e instrumentos específicos de cirurgia cardiovascular videoassistida.

De acordo com o cirurgião cardiovascular e responsável pela equipe, Dr. Cláudio Albernaz, em uma cirurgia minimamente invasiva a incisão é de apenas 5cm a 7cm de uma minitoracotomia na lateral direita do tórax e a recuperação, nesses casos, pode ser em até um mês. Já na incisão convencional é feita uma abertura do osso total do peito com cerca de 30 cm e a recuperação pode chegar, em média, de até três meses. Atualmente, muitas cirurgias são passíveis de serem realizadas minimamente invasiva, mas ainda existe uma indicação precisa para cada caso.

“O paciente retorna suas às atividades habituais de uma forma muito mais rápida quando comparado com um paciente de cirurgia convencional. Em 30 dias o paciente da cirurgia minimamente invasiva está com uma vida normal e na cirurgia convencional o retorno é em cerca de 60 a 90 dias”, reforça o médico. A indicação desta tática é para troca e plastia da válvula mitral, corrigir uma comunicação interatrial, corrigir uma comunicação intraventricular, uma troca valvar aórtica ou uma revascularização do miocárdio e outras mais.

O médico responsável por conduzir procedimento foi o cirurgião cardiovascular, Dr. Evandro Carlos Ribeiro Lopes, com o auxílio do cirurgião cardiovascular, Dr. Claudio Albernaz César, do médico anestesista, Dr. Gustavo Bonner, da enfermeira perfusionista, Priscila Maya e das instrumentadoras cirúrgicas, Alyne Martins e Thatiane Amaral. Como esperado, na última quinta-feira (10) o paciente recebeu alta médica com expectativa de retornar sua rotina com melhor qualidade de vida.

“Através desta nova tática cirúrgica podemos oferecer aos pacientes uma recuperação mais rápida, menos dolorosa e uma boa evolução clínica, proporcionando a cada um deles um retorno as suas atividades normais em tempo hábil, além disto podermos comtemplar pacientes do SUS o que traz vários ganhos”, comenta.

Histórico do paciente

O paciente sofria há sete anos de insuficiência valvar mitral grave, doença descoberta em estágio avançado fazendo com que ele tivesse quatro episódios de insuficiência cardíacas. Foram três anos à espera do procedimento, restrito de suas atividades cotidianas e em recuperação da cirurgia. O paciente espera, a partir de agora, poder dar continuidade à vida ao lado da família e amigos.