Está no ar desde a última semana o 1º Boletim Epidemiológico de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, hospedado no site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), cujo download pode ser realizado CLICANDO AQUI.

O documento é uma publicação de caráter técnico-científico, de acesso livre, em formato eletrônico e de periodicidade semestral, caracterizando-se como um relevante instrumento de vigilância para promover a disseminação de informes qualificados e com potencial para orientar ações nas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

A publicação, que aborda temas como a visita de animais nos hospitais, prevenção e controle à influenza, além do uso adequado de antibióticos, é resultado de trabalho da Comissão Municipal de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (CMCIRAS) da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), juntamente com a Gerência Técnica de Serviços de Saúde (GTESS), da Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária.

O Boletim reforça as recomendações para prevenir e controlar a influenza (gripe), principalmente no ambiente hospitalar, como: higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel, principalmente depois de tossir ou espirrar; antes de comer, antes e depois de tocar os olhos, a boca e o nariz; evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente contaminadas – corrimãos, bancos, maçanetas e etc.

Pontos desafiadores

Sobre a presença de animais nos hospitais, a publicação aponta para a importância da elaboração de normas para a implantação do projeto, por ser considerada uma tarefa desafiadora para os serviços. Entretanto, mediante aos benefícios e crescente utilização da Terapia Assistida por Animais (TAA) nos serviços de saúde, torna-se relevante que cada estabelecimento avalie e determine o modo mais seguro a fim de usufruir de tais benefícios para uma assistência mais humanizada e ao mesmo tempo segura.

Entre os benefícios da TAA, o documento aborda que a recuperação do bem estar e autoestima do paciente auxiliam no aumento da imunidade, na diminuição do uso de medicamentos e consequentemente no tempo de internação.

A publicação aponta, também, dados das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) que são agravos adquiridos durante o processo de cuidado em estabelecimentos assistenciais de saúde, e estão relacionadas às práticas de assistência de saúde e ao uso de dispositivos invasivos como: cateter venoso central, cateter vesical de demora, ventilação mecânica ou até mesmo após realização de procedimentos cirúrgicos.

Os números revelam a densidade de incidência das infecções nos hospitais estudados, de janeiro a dezembro de 2018, e demonstram uma maior incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica em relação à infecção primária de corrente sanguínea e infecção de trato urinário confirmadas laboratorialmente.

O documento é importante para explicar as ações sistematizadas que englobam normas e rotinas assistenciais, adequação de estrutura física e fluxos operacionais, assim como treinamentos e orientações para capacitar todos que assistem direta ou indiretamente o paciente, são atividades essenciais dos controladores de IRAS.

A próximo Boletim deve ser publicado no início do próximo ano com dados referentes de 2019.