Pular para o conteúdo
Cotidiano

Raquel Dodge é contra mandado que quer parar ampliação de terra indígena em MS

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um parecer contra o Mandado de Segurança que pretende paralisar o processo de ampliação dos limites da Terra Indígena Taunay-Ipegue em Aquidauana, a 139 km de Campo Grande. Segundo a procuradora-geral, a legalidade de procedimento demarcatório não pode ser discutida em mandado de […]
Arquivo -
Raquel Dodge
Raquel Dodge

A procuradora-geral da República, , enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um parecer contra o Mandado de Segurança que pretende paralisar o processo de ampliação dos limites da Terra Indígena Taunay-Ipegue em , a 139 km de . Segundo a procuradora-geral, a legalidade de procedimento demarcatório não pode ser discutida em mandado de segurança, por se tratar de questão que exige ampla produção de provas.

Além disso, Dodge sustenta que a tese do marco temporal, estabelecida pelo STF, no julgamento Raposa Serra do Sol, e invocada pelos impetrantes do mandado de segurança, não é aplicável ao caso.

A Terra Indígena (TI) Taunay-Ipegue está situada no município de Aquidauanae é uma área de ocupação tradicional de indígenas da etnia Terena, com população estimada em 4 mil pessoas, a terra foi originalmente demarcada em 1905. Em 1991, depois de processo de aviventação dos limites, a área foi homologada por decreto presidencial. Em seguida, em 1999, foi constituído Grupo Técnico para revisão e ampliação dos limites da terra indígena, tendo em vista a ocupação tradicional dos Terena.

Em abril de 2016, o ministro da Justiça assinou portaria que amplia a terra e declara a área de 33,9 mil hectares como de posse dos índios. Em mandado de segurança preventivo, com pedido de liminar, fazendeiros da região alegam que os novos limites incidiram sobre suas propriedades. Eles pedem que o STF impeça a assinatura do decreto de homologação de demarcação administrativa da TI Taunay-Ipegue, ato que estaria em vias de ser praticado pelo presidente da República. A liminar foi deferida pelo Supremo.

Na manifestação, a procuradora-geral da República afirma que o mandado de segurança não é a via adequada para questionar a legalidade de processo de demarcação de terra indígena. Isso porque as causas que tratam de demarcação exigem ampla produção de provas, laudos periciais e análises, o que não é admissível em mandado de segurança. Assim, segundo ela, o STF não deveria conhecer o recurso.

A PGR sustenta também que a tese do marco temporal não pode ser aplicada ao caso, ao contrário do que pedem os proprietários rurais. No mandado, os impetrantes alegam que a área ampliada não estava ocupada por indígenas na época da promulgação da Constituição, em 1988.

Segundo a PGR, no entanto, a vedação de ampliação de terra já demarcada estabelecida pelo Supremo na PET 3.388 não cabe nas hipóteses de vícios ou erros na demarcação originária. Para Raquel Dodge, ao ampliar os limites da terra indígena, a União apenas corrigiu problemas da demarcação anterior. Como os impetrantes do mandado de segurança não conseguiram demonstrar qualquer vício demarcatório no caso, “não seria possível falar em aplicação automática das condicionantes fixadas na PET 3.388”. A PGR destaca que a comunidade indígena aguarda há mais de 30 anos a conclusão do processo demarcatório, “enfrentando contexto de grande vulnerabilidade social e de ameaças à sua subsistência”.

Os indígenas da Taunay-Ipegue estiveram nos noticiários no início do mês quando cerca de 130 policiais foram acionados para remover 300 indígenas da etnia Kinikinau da fazenda Água Branca, em Aquidauana. A ação deixou feridos e os policiais teriam usado armas e balas de borracha contra o grupo.

(com informações do MPF)

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Com a presença do réu, amigos e familiares de Vanessa Ricarte são ouvidos em audiência

Índia e Paquistão trocam fogo de artilharia; EUA dizem que conflito ‘não é problema nosso’

Mato Grosso do Sul está sob alerta para chuva intensa e tempestade, aponta Inmet

pantanal incêndio

Alvo de operação contra grilagem em MS já recebeu multa ‘pesada’ por incêndio no Pantanal

Notícias mais lidas agora

Disputa por R$ 10 milhões: área doada para megaindústria chinesa BBCA está abandonada

pantanal incêndio

Alvo de operação contra grilagem em MS já recebeu multa ‘pesada’ por incêndio no Pantanal

onça atacou gato

Foi onça ou não? Marcas de mordida indicam predador de gato atacado em cidade de MS

inss

Sete da bancada federal de MS assinaram CPMI do INSS; confira quais

Últimas Notícias

Cotidiano

Carreta da Saúde leva atendimento médico gratuito a servidores da segurança pública de Ponta Porã

Além dos atendimentos médicos, os servidores poderão se vacinar contra diversas doenças, incluindo a gripe

Brasil

Ônibus pega fogo e forma paredão de fumaça em São Paulo

Não há registro de vítimas

Esportes

Dall’Astra quer Operário focado em conquistar três pontos contra o Itabirito no sábado pela Série D

Partida acontece neste sábado (10), às 15h, no Estádio Jacques da Luz (Moreninhas)

Polícia

Durante depoimento de familiar, réu do feminicídio de Vanessa Ricarte deixa a sala de audiência

A audiência acontece na 1ª Vara Criminal de Campo Grande