Nesta quinta-feira, 26, alunos do primeiro ano do ensino médio das escolas estaduais Elia Cardoso e Professor Emygdio Campos Widal participaram da 3ª edição do projeto “A célula e a origem da doença: um tema desafiador para o ensino médio”, realizada na Casa da Ciência. O projeto é desenvolvido por acadêmicos das áreas da saúde e biológicas da UFMS, sob a orientação da professora do Instituto de Biociências, Ludimila Canuto Faccioni.

Por meio de atividades lúdicas subdivididas em estações, o projeto tem como objetivo promover o conhecimento e compreensão de informações científicas sobre algumas doenças crônicas, mas em uma linguagem acessível para os alunos da rede pública. A ideia era que o tema fosse rotativo a cada edição, entretanto, devido a incidência elevada de casos no estado, o foco permaneceu para a . “Essa doença é muito presente na nossa sociedade, Mato Grosso do Sul é o segundo estado com maior índice. Se perguntarmos para os alunos quantos são acometidos por ela ou conhecem alguém que tenha, em média 60% levantam a mão”, afirma a coordenadora do projeto.

A estudante Verônica Torres Garcia pretende cursar Medicina e ressalta a importância de ações como estas para a desmistificação da doença na sociedade. “A ideia é muito criativa. Eu já conhecia a diabetes mas pude aprofundar os conhecimentos sobre como funciona no organismo, além da prevenção e tratamento. Foi legal para entendermos que ter a doença não é o fim do mundo, basta fazer o tratamento corretamente”.

Neste ano, as atividades foram pensadas e desenvolvidas por 17 acadêmicos dos cursos de Medicina, Odontologia e Biologia da UFMS. A equipe foi formada no início do primeiro semestre e em seguida contribuíram para o processo de reformulação das estações, que são construídas a partir da seleção dos principais conceitos sobre o tema e priorizando a participação ativa dos alunos.

“Nós queremos conscientizar esses jovens desde cedo, mostrando os mecanismos de forma prática, para que eles possam absorver melhor todas essas informações e no futuro saibam dizer ‘não' para um doce ou uma Coca-Cola. Porque não adianta só falar, temos que demonstrar também”, justifica Micael Viana de Azevedo, acadêmico de Medicina.

Os projetos de extensão são uma importante ferramenta para expandir o alcance do conhecimento científico produzido dentro da universidade. Segundo o reitor Marcelo Turine, é uma ação que contribui para a formação tanto dos próprios acadêmicos quanto dos que ainda pretendem ingressar no ensino superior.  “É um movimento que agrega na teoria e na prática, ao mesmo tempo em que mostra o encanto que é o corpo humano e o processo de prevenção de algumas doenças. Gostaríamos que todos participassem de projetos como esse, pois eles atuam em prol da educação básica e da formação dos nossos jovens para o cuidado à saúde”, finaliza.

Para os interessados em conhecer mais sobre o projeto e o tema tratado, a Casa da Ciência, localizada próximo ao estacionamento do Teatro Glauce Rocha, estará aberta até esta sexta-feira, das 7h20 às 9h30.