Dados obtidos pelo programa DNA Ambiental apontam que 68,8 mil hectares de vegetação nativa foram desmatadas em Mato Grosso do Sul entre 2016 e 2017, sendo que 38,8 mil hectares foram suprimidos com autorização do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e outros 30 mil hectares foram desmatados ilegalmente.
O Pantanal é o bioma mais prejudicado, com 16,8 mil hectares desmatados, conforme os números do DNA Ambiental, programa que analisou imagens de satélite de vários períodos e integram os relatórios do Ministério Público, divulgados com dois anos de atraso.
A apresentação se refere a 71 municípios do Estado aconteceu na sexta-feira (29), sendo realizada pelo promotor Luciano Furtado Loubet. Os 30 mil hectares possivelmente desmatados ilegalmente são equivalentes a 30 mil campos de futebol.
Em operações realizadas entre 2013 e 2015, como a Cachorro-Vinagre e Cervo-do-Pantanal, foram identificados 70 mil hectares de desmatamento de vegetação nativa ocorridos de forma ilegal no Estado, gerando multas no valor de R$ 55,6 milhões.
2 milhões de tonelada de carbono e 625 pareceres
Ainda segundo o DNA Ambiental, foi constatado que os 30 mil hectares de desmatamento identificados resultaram na emissão de 2 milhões de toneladas de carbono na atmosfera, valor que equivale a 283 mil ônibus rodando 100 km, no período de 1 ano.
Além disso, o promotor Luciano Loubet revelou que serão remetidos 625 pareceres às promotorias de Justiça do Estado, para que o promotor de cada cidade tome providências e procure responsabilizar os possíveis infratores.