Servidores municipais de , distante 233 quilômetros de Campo Grande, não têm previsão de receber a segunda parte do salário que a prefeitura parcelou este mês. A informação foi repassada para representantes sindicais, em reunião realizada na sexta-feira (9) com secretários do Executivo.

A prefeitura parcelou a folha salarial neste mês e os servidores só receberam 44% do total dos vencimentos quitados a cada servidor, até o momento. Os funcionários protestaram na prefeitura na manhã de ontem, de acordo com o Dourados News.

Após a repercussão do caso, os representantes sindicais conseguiram uma reunião com a administração municipal. Porém, as notícias não foram boas para o funcionalismo público.

Segundo a presidente do Sindrasce (Sindicato dos Agentes de Saúde Comunitários e Endemias de Dourados), Silvia Salgueiro, a reunião não apresentou nada de concreto aos servidores. “Fomos informados que não há previsão do pagamento dos outros 56% de salário dos servidores e que entrando receita, a prioridade é quitar, mas não se sabe quando”, disse ao Dourados News.

Silvia informou que a alegação para tal situação, por parte dos representantes da prefeitura, é de que a arrecadação é insuficiente, pois o PCCR (Plano de Cargos e Carreiras e Remuneração) tem impactado no valor total da folha.

Diante das informações, ela diz que a categoria ficou ainda “mais indignada e desanimada”. “Não recebemos nem a metade do salário e como faremos com as contas do mercado, água, luz, pensão e outros?”, indagou. 

O secretário de Fazenda do município, Paulo César Nogueira Junior, disse que a administração municipal pretende quitar o pagamento dos servidores ainda neste mês. “Não temos data definida. Buscamos quitar os outros 56% ainda em agosto”, disse. 

Nogueira Junior alegou que o fatiamento dos salários foi motivado por uma crise financeira profunda na gestão, com apontamento ainda de que os esforços estão concentrados para soluções destes problemas. 

Ele falou que o problema financeiro foi herdado de décadas. “Não vem de agora. Estamos com o olhar profundo que o momento exige, trabalhando em prol disso com corte de despesas, equilibrando a receita. Sabemos que nenhum funcionário deve ficar sem receber e estamos buscando resolver isso com propostas concretas”, pontuou. 

O Sindicato convocou uma assembleia geral extraordinária para às 14h de segunda-feira (12). Os servidores vão debater a possibilidade de paralisação, greve ou outros atos.