Para quem usa as redes sociais, já deve ter se deparado com a publicação de uma moradora relatando o atropelamento de um cão e sobre a ‘omissão de socorro’ de uma clínica veterinária nesta segunda-feira (4), em .

A publicação viralizou e já conta com quase 8 mil compartilhamentos no Facebook. No relato, a moradora questiona o tratamento recebido pelo animal de rua que foi atropelado na Avenida Júlio de Castilho e, por falta de socorro, acabou morrendo horas depois.

O fato que causou tanta revolta dos moradores é que o fato aconteceu em frente a uma clínica veterinária e que, supostamente, funcionários teriam se recusando a atender o bicho alegando que ele era de rua e que, se quisessem que ele fosse atendido, deveriam pagar.

Nenhuma descrição de foto disponível.Por outro lado, a clínica fez publicação de nota afirmando que a acusação de omissão é falsa. Ao ficar sabendo que o animal havia sido atropelado, os funcionários orientaram que o cachorro deveria ser levado a clínica pelo responsável ou por quem quisesse se responsabilizar.

O telefone do CCZ ( de Controle de Zoonoses) também teria sido passado, pois seria o correto a se fazer ‘naquele tipo de situação’.

“Para surpresa da Clínica e de seus colaboradores, iniciou-se no Facebook a divulgação de boatos e inverdades de que a Clínica teria se recusado a prestar atendimento ao animal, quando, vale ressaltar a verdade, em nenhum momento o animal foi levado à clínica para atendimento ou tratamento”, diz trecho da nota da clínica, que também declarou que acionará a Justiça para responsabilizar quem teria publicado.

O que diz o CRMV-MS

O CRMV-MS (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul), comentou que o papel do conselho é fiscalizar e regulamentar a atividade dos profissionais e que, o responsável pelo atropelamento ou alguém que se responsabilizasse pelo bicho, deveria ter o encaminhado a clínica.

“Inicialmente deve ser identificado o causador do ato de violência contra o animal, identificando a placa do veículo e condutor, pois maus tratos a animais e omissão de socorro, são reprováveis nos dias atuais.

Em casos semelhantes o animal deve ser recolhido por qualquer responsável para ser admitido em uma clínica veterinária, com suporte e condições de prestar o atendimento necessário.

Vale Ressaltar que não existe serviço público de socorro e resgate de animais, tanto os pets quanto os silvestres.

Outro fato a ser analisado é a omissão do responsável pelo animal, que faltou com seu dever de guarda e cautela, bem como de possíveis populares que não recolheram o animal e o levaram a uma das diversas clínicas da região para receber o atendimento necessário.

Ressaltamos que lamentamos o ocorrido, mas que não há irregularidade aparente na atuação do profissional médico veterinário, mas sim de quem se omitiu no dever de cautela quando escolhe ter um animal de estimação, bem como de quem atropelou o animal e não prestou atendimento”, diz CRMV-MS por meio da assessoria de imprensa.