A ponte que ligará Porto Murtinho à ao distrito de Carmelo Peralta, no Paraguai, na Rota Bioceânica, deverá ser construída por uma empresa paraguaia, usando mão de obra e materiais do país, conforme publicado nesta terça-feira (9) no site oficial da presidência da República do Paraguai.

No próximo dia 20, deve ser assinada a primeira licitação, que vai contratar estudo completo sobre a viabilidade do projeto, incluindo questões sociais e ambientais. A Itaipu Binacional é que ficará responsável por essa licitação e pelos procedimentos que vão contratar as empresas que executarão às obras.

A intenção é que a ponte comece a ser construída em um ano e meio, tendo sua conclusão estimada para março de 2023 pelo Governo paraguaio. No Brasil, a data que já foi comentada foi agosto de 2023. A ponte terá 680 metros e será, segundo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), nossa porta de entrada para o Oceano Pacífico.

“A Rota Bioceânica dará competitividade em um médio prazo para nossos produtos. Parece pouca coisa, mas só em termos dois terminais em Porto Murtinho, os produtores da região de Bonito e Jardim já estão vendendo mais que os de Dourados e Maracaju”, revelou Reinaldo, segunda-feira (8), na apresentação do Plano Safra 2019/2020.

De acordo com o governador, o custo mais baixo de logística faz com que os produtos possam ser oferecidos com menor preço e também com maior lucro e, sem contar que a Rota pode trazer novas possibilidades, principalmente, no mercado asiático. Somente na ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, serão investidos 75 milhões de dólares.

Visita ao Paraguai

Reinaldo, secretários de Estado e Tereza Cristina – que foi exonerada do Ministério da Agricultura hoje para votar pela Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados – estão em comitiva que visita o Paraguai e trata de assuntos de interesse de Mato Grosso do Sul no país vizinho.

Além de questões fitossanitárias, também foram debatidos trabalhos conjuntos no setor da agropecuária, buscando integração maior econômica e institucional entre Brasil e Paraguai, além da criação de um Parque Tecnológico entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, além da instalação de aduanas na fronteira, em Ponta Porã e Mundo Novo.