Pesquisa da UFMS desenvolve software que pode ajudar no diagnóstico do câncer de mama

Ajudar no diagnóstico médico é o objetivo de um projeto de pesquisa da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul que propõe o desenvolvimento de software para apoio ao diagnóstico de câncer de mama. O programa usa técnica de inteligência artificial e vai agilizar a avaliação de imagens de mamas. De acordo com o […]

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Foto: Ilustrativa/Marcella Marques/SESMG
Foto: Ilustrativa/Marcella Marques/SESMG

Ajudar no diagnóstico médico é o objetivo de um projeto de pesquisa da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul que propõe o desenvolvimento de software para apoio ao diagnóstico de câncer de mama. O programa usa técnica de inteligência artificial e vai agilizar a avaliação de imagens de mamas.

De acordo com o professor Josivaldo Godoy da Silva, coordenador da pesquisa, o desenvolvimento desse software irá ajudar em especial os médicos radiologistas como apoio ao diagnóstico. “Isso será um grande recurso ao médico radiologista em função do tempo escasso, da demanda elevada e de mamografias de baixa qualidade, entre outros problemas”.

O software, que utiliza técnica de Inteligência Artificial, irá analisar centenas de pontos de uma única mamografia em um curto intervalo de tempo. Testes preliminares apontam que o software poderá avaliar várias dezenas de imagens de mamas no período de uma hora.

“Se os resultados efetivamente forem positivos, será um grande aliado da Radiologia no diagnóstico do câncer de mama utilizando mamografia. Pesquisas internacionais apontam que a taxa de acerto poderá ser superior a 70% com o desenvolvimento de software utilizando Inteligência Artificial”, afirma o professor da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng) e da Pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste (PPGSD).

Josivaldo enfatiza que o uso da Inteligência Artificial será um apoio, mas que caberá ao médico tomar decisão sobre o diagnóstico. “O software poderá indicar os pontos na mamografia relacionados a presença de nódulos benignos ou malignos”, diz o professor.

À medida que evoluir o projeto, o coordenador e os alunos envolvidos farão reuniões com médicos oncologistas e radiologistas para definir e direcionar pontos da pesquisa que contemplem as necessidades que eles possuírem.

A Inteligência Artificial é a área que se ocupa em desenvolver mecanismos e dispositivos tecnológicos que possam simular o raciocínio humano, baseando-se na ideia de fazer com que o computador possa “pensar”, criando análises, raciocinando, compreendendo e obtendo respostas para diferentes situações a tal ponto que consiga aprender e se autodesenvolver.

Isto significa criar novas deduções a partir da junção de várias informações fragmentadas, como acontece com o sistema neurológico humano. O software no computador consistirá numa sequência de instruções lógicas escritas para serem interpretadas com o objetivo de executar tarefas específicas e comandar o funcionamento do computador.

As pesquisas são realizadas no Laboratório de Engenharia Biomédica e Tecnologia Assistiva (Engebio) e destinam-se ao desenvolvimento de metodologias, processos e tecnologias aplicadas a saúde.

“Os projetos desenvolvidos possuem carácter interdisciplinar porque envolvem engenharias, saúde e profissionais de outras áreas. Isso é um grande desafio que acrescenta novos conhecimentos a nossa formação e também a nós como pessoas”, afirma o pesquisador. Um dos desafios das pesquisas na área, segundo Josivaldo, é justamente propor alternativas viáveis economicamente.

(com informações da UFMS)

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