A operação ‘Mata Atlântica em Pé’ vai fiscalizar o desmatamento do bioma em 20 cidades de Mato Grosso do Sul nesta semana. A iniciativa é coordenada por Ministérios Públicos em 17 estados do país, que serão responsáveis por levantar os focos de desmatamento por meio do satélite.
O trabalho é feito com suporte de satélite e atlas desenvolvidos pelo SOS Mata Atlântica e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Após a identificação das áreas mais prejudicadas, a PMA (Polícia Militar Ambiental) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) farão fiscalização a campo. O desmatamento será monitorado ao longo da semana por meio de satélites e 15 equipes da PMA e três do Ibama devem ir aos locais com mais focos de desmatamento no estado.
Em caso de flagrante, o responsável leva uma multa administrativa e ainda será aberto um processo criminal, ação civil pública ou TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para que seja recuperada a mata derrubada – além da doação da madeira e indenizações ambientais.
O promotor e diretor do núcleo de Meio Ambiente do MPMS, Luciano Furtado Loubet, diz que a fiscalização por satélite pode evitar novos desmatamentos. “Agora que a gente vai conseguir fazer este levantamento de desmatamento mais recente, a tendência é que a gente consiga mais efetividade [em inibir o desmatamento]”.
O sargento Cícero Fabrini da PMA ressalta que há mais focos em regiões próximas às áreas urbanas. Em algumas localidades, o desmatamento varia de 0,5 a 1 hectare, entretanto, em outros locais, chega a 100 hectares de mata derrubada.
“A operação é com base nas cidades que temos pelotões ambientais, com essa proximidade, o deslocamento passa a ser menor, para atender mais propriedades e mais fiscalizações. Como a operação é em nível nacional, vai ser priorizado cidades com maiores índices de focos e no decorrer do mês, pretendem concluir áreas com menores índices para que assim tenha uma resposta imediata”, explicou.