OEA começa auditoria na eleição da Bolívia e fronteira com Corumbá segue fechada

Especialistas da OEA (Organização dos Estados Americanos) começou nesta quinta-feira (31) uma auditoria do resultado da eleição para presidente da Bolívia, mas até o momento a fronteira com Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, permanece fechada. De acordo com a Agência Brasil, a auditoria está sendo realizada por 30 especialistas de diversos países e […]

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(Diário Corumbaense)
(Diário Corumbaense)

Especialistas da OEA (Organização dos Estados Americanos) começou nesta quinta-feira (31) uma auditoria do resultado da eleição para presidente da Bolívia, mas até o momento a fronteira com Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, permanece fechada.

De acordo com a Agência Brasil, a auditoria está sendo realizada por 30 especialistas de diversos países e pode levar até 12 dias para ser concluída. A intenção é verificar se houve manipulação de dados e fraude em favor do partido, MAS (Movimento ao Socialismo), do atual presidente Evo Morales.

Na quarta-feira (30), foram registrados dois mortos e aproximadamente 160 feridos nos nove dias de protestos no país.

Liderada pelo candidato Carlos Mesa, a oposição não reconhece a medida de auditoria, que foi resultado de um acordo entre o governo da Bolívia e a OEA. Eles acreditam que os termos foram definidos de forma unilateral, já que não teria contado com a presença de representantes de opositores e da sociedade civil.

Em comunicado transmitido pelo ministro da Comunicação, Manuel Canelas, o governo boliviano chegou a pedir para que Mesa expusesse as condições necessárias para que o processo de auditoria fosse acatado.

“Estamos abertos na medida em que queremos encontrar soluções, estamos confiantes de que eles nos enviarão suas condições”, acrescentou Canelas.

Ainda conforme a Agência Brasil, o chanceler boliviano, Diego Pary, disse que a auditoria permitirá sanar qualquer dúvida que possa haver sobre a credibilidade da apuração

Bloqueios

Os bloqueios na fronteira entre a Bolívia e Corumbá tiveram início na quarta-feira (23) e completam nesta quinta-feira nove dias.

Em Puerto Quijarro, Arroyo Concepción e Puerto Suarez a população já sente o reflexo do bloqueio na fronteira. NO país água e alguns produtos estão em falta, já que os veículos também estão impedidos de passar pela estrada Bioceânica que liga as cidades à Santa Cruz de La Sierra.

Vale lembrar que um grupo de pessoas de Corumbá está recebendo de doações para os bolivianos, inclusive de água potável que é levada em caminhão pipa até a faixa de fronteira.

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