Com aumento de 19,88% na área plantada de um ano para outro, as boas condições do tempo provocaram uma alta significativa na produtividade do que fechou em 12,16 milhões de toneladas, 64,39% maior que o volume colhido na anterior (7,84 mi/ton). Com isso, se consagra o terceiro maior produtor de milho do país na safra 2018/2019.

Os dados são do Projeto SIGA/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) implantado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) em parceria com entidades de produtores rurais. Além do aumento da área, o que contribuiu decisivamente para a safra recorde foi a produtividade, estimada em 88 sacas por hectare, mas que atingiu 93,24 sacas/ha, a melhor performance já registrada no Estado.

Conforme cita o boletim do SIGA/MS, o bom desempenho das lavouras resulta da combinação da semeadura dentro da janela adequada e condições climáticas ideais para o desenvolvimento da lavoura. A ocorrência de geadas em julho não chegou a afetar significativamente porque a já estava em fase de maturação. Provocou apenas danos isolados e específicos.

Com a alta do dólar – que se mantém há dias acima de R$ 4, os impactos da febre suína asiática e desentendimentos comerciais entre os Estados Unidos e a China sustentam o preço da commodity elevado. Portanto, a tendência é de continuar crescendo a área do milho no Estado, o que pode levar a outra safra recorde no ano que vem, como preveem os técnicos do Projeto SIGA/MS.

O secretário da Semagro, Jaime Verruck, cita a flexibilização da paridade para exportação adotada pelo governo do Estado como “medida fundamental” para sustentar o preço do milho no mercado interno, favorecendo o produtor. “Além disso, o governo está atuando firme na manutenção das estradas e pontes para que essa safra seja escoada”, diz.