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Cotidiano

Mato Grosso do Sul é o 2º estado em número de assassinatos de indígenas

Mato Grosso do Sul ocupa o 2º lugar em número de homicídios de indígenas, conforme o relatório “Violência contra os Povos Indígenas do Brasil – Dados 2018”, realizado pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário), lançado nesta terça-feira (24), em Brasília. O Estado fica atrás apenas de Roraima, que contabilizou 62 homicídios no ano passado. Além disso, […]
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(Foto: Cimi | Reprodução)
(Foto: Cimi | Reprodução)

ocupa o 2º lugar em número de homicídios de indígenas, conforme o relatório “Violência contra os Povos Indígenas do Brasil – Dados 2018”, realizado pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário), lançado nesta terça-feira (24), em .

O Estado fica atrás apenas de Roraima, que contabilizou 62 homicídios no ano passado. Além disso, o estudo também aponta crescimento de 22,7% em mortes de indígenas em 2018. Outros números também surpreendem, como 22 tentativas de , 18 homicídios culposos, 15 episódios de violência sexual, 17 casos de racismo e discriminação étnico-racial, 14 ameaças diversas, 11 situações de abuso de poder e oito ameaças de morte.

Invasões

A pesquisa também mapeou invasões de terras indígenas, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio dessas populações. Em 2018, a equipe responsável contabilizou 111 situações como essas. O número foi maior do que o registrado em 2017, quando o Cimi reconheceu 96 situações semelhantes.

No lançamento do documento, foram apresentados dados parciais relativos a 2019 até o mês de setembro. Segundo a entidade, foram mapeados 160 casos de invasão de terra ou exploração ilegal de recursos em 153 terras indígenas.

Conforme os responsáveis pelo estudo, se essas formas de violação contra os territórios ocorrem há décadas, recentemente muitos invasores deixaram de somente explorar ilegalmente os recursos (como apenas retirada de madeira) e passaram a se apropriar das áreas, por meio de práticas de grilagem e loteamento de parte dos territórios, por exemplo.

Demarcação

O relatório lista 821 casos de “omissão e morosidade na regularização das terras” e 11 conflitos envolvendo direitos territoriais. De acordo com o Cimi, de 1.290 terras indígenas no Brasil, 821 (63%) teriam o que a organização chama de “alguma pendência do Estado para a finalização do processo demarcatório”.

O cacique Suruí, do povo Pataxó e aldeia Barra Velha, em Porto Seguro (BA), afirmou o caráter originário dos povos e pediu a de terras indígenas. “Estamos no Brasil desde muito antes de Cabral. Nós somos os primeiros brasileiros, não somos os últimos. Estamos lutando por demarcação.”

Os representantes do conselho comentaram o discurso do presidente Jair Bolsonaro na Asssembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que, na ocasião, disse que não pretende demarcar novos territórios.

“Os povos indígenas, ao reivindicarem a demarcação de seus territórios, tornam-se alvos a serem combatidos. Que as chagas da violência não sejam patrocinadas por aqueles que devem combatê-las. Que o Estado se coloque ao lado dos direitos humanos e da natureza”, disse o presidente do Cimi, dom Roque Paloschi.

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