Um país em crise e o terror que ninguém quer enfrentar: o desemprego. Trabalhando como minerador, Luiz Fuentes, de 56 anos, se viu desempregado no início do ano na Venezuela. Sua esposa, que já havia perdido o emprego antes e os filhos acabaram por tomar a decisão mais difícil e corajosa da vida deles: fugirem para o Brasil. Neste sábado (23), eles tentam ajuda na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

Acompanhados do irmão, de 30 anos, de uma sobrinha de 18 anos e de um bebê de apenas dois anos, eles cruzaram a fronteira antes do anúncio do fechamento e estão há uma semana na capital de Mato Grosso do Sul.

Morando em corredor, família com sete venezuelanos pede ajuda na Afonso PenaApós passar vários dias andando pelo país de carona e juntando dinheiro para comer, eles acharam um corredor de uma casa no Jardim Colibri para morar. Lá moram outro venezuelano e um angolano.

O colega que veio do mesmo país conseguiu um emprego em Cuiabá e, agora, a família corre contra o tempo para conseguir um emprego e manter a família sob o mesmo teto. “Mesmo que o nosso espaço agora seja apenas um corredor, nós queremos ficar lá. Queremos conseguir um emprego e conseguir pagar o aluguel”, diz Luiz.

A esposa, Belskis Samblano, de 55 anos, tem experiência como doméstica e ajudante de cozinha. “Posso ajudar a preparar alimentos, limpar, cuidar de casa”, explica. O marido procura emprego como auxiliar de mecânico e como ajudante de obras.

Sem ter o que comer

Com muitas bocas para alimentar, as vezes o que a família consegue de doações não dá nem para todos comerem no dia aqui em Campo Grande. Em outros, conseguem voltar de ônibus para casa.

“Está muito difícil. O que nós estamos pedindo e queremos mesmo é um emprego para que a gente não tenha que morar na rua e tenha como alimentar a família”, diz Fuentes.

Quem quiser ajudar o casal pode ligar no celular que eles estão usando: (11) 996730612