Corumbá passa por uma simulação de rompimento de barragem nesta quarta-feira (28). O objetivo é simular o rompimento da barragem da empresa Vetorial e, por isso, um trecho da BR-262 será interditado. Na quinta (29), será a vez da simulação da mineradora Vale. No início da semana, houve uma pré-simulação, que assustou os moradores da cidade, já que muita gente não sabia do que se tratava.
O diretor-executivo da Defesa Civil de Corumbá, Isaque do Nascimento, explicou ao jornal Diário Corumbaense que a simulação é importante como uma forma de prevenir. Segundo Nascimento, a simulação é relevante porque em caso de rompimento de barragem, os funcionários das empresas, a população em risco e os órgãos de segurança saberão o que fazer.
“Num eventual rompimento da barragem da Vetorial, os rejeitos de minério poderiam chegar à BR-262, ao contrário da empresa Vale, que conforme estudos, não avançaria até a rodovia. Só na linha de frente da mineradora Vetorial, temos cerca de 10 moradias que seriam atingidas, o que representa entre 30 e 35 pessoas, entre crianças, jovens, adolescentes, adultos e idosos. Já na Vale, conforme os mapeamentos, existem cerca de 196 pessoas na região, porém, o número pode subir, caso um eventual sinistro ocorra no final de semana, por conta do grande movimento de pessoas na área, devido aos balneários”, explicou ao Diário Corumbaense.
Também participam do simulado órgãos como Corpo de Bombeiros, PRF (Polícia Rodoviária Federal), Exército, Marinha, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Defesa Civil, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Agência Nacional de Mineração, Guarda Municipal e MPF (Ministério Público Federal).
O susto
Na segunda-feira (26), os moradores de Corumbá levaram o susto com o pré-simulado de rompimento de barragem. Imagens divulgadas pelo jornal Diário Corumbaense mostram motoristas parados próximos ao trecho da BR-262, quando uma sirene tocou o alarme de rompimento de barragem. Algumas pessoas ficaram assustadas, já que não sabiam do que se tratava.
O diretor da Defesa Civil explicou que a população em linha de risco deve participar, pela própria segurança. Segundo ele, os moradores devem estar treinados, diante da possibilidade de rompimento de barragem. Assim, eles saberão as rotas de fuga até locais seguros, onde os rejeitos do minério não chegarão.