Nesta terça-feira (12), a mãe de uma aluna do 7º ano da Escola Municipal Professora Flora Guimarães Rosa Pires, no bairro Vila Albuquerque, em Campo Grande, foi surpreendida ao ser chamada para uma reunião e ter sua conduta materna questionada pela direção.
De acordo com a vendedora, de 33 anos, ao deixar a filha para o primeiro dia de aula foi convocada para uma reunião. “Eu cheguei lá para deixar ela, e me chamaram para uma sala com a coordenação da escola porque minha filha tem dois piercings no nariz e estava usando uma maquiagem leve. Nem era nada que atrapalharia no rendimento dela e dos colegas”, contou.
Ainda segundo a mãe da adolescente, a diretora teria se alterado quando foi questionada sobre essas normas não estarem no regimento interno da escola. “Ela me perguntou se eu li o regimento, eu disse que sim e que nenhuma das proibições estava no documento. E se não está no regimento então não tínhamos um problema. Nessa hora ela se alterou, começou a gritar comigo, disse que minha pele tinha problemas porque minha mãe, que estava comigo, tinha permitido que eu usasse maquiagem quando adolescente. Quem ela pensa que é? Ela nem sabe pelos problemas que eu passo e porque minha pele é assim”, explicou.
“Depois ela disse que minha filha não seria aceita em nenhuma faculdade por causa do meu comportamento como mãe de permitir que ela use maquiagem. Agora me diz, o que isso tem a ver? Como ela questiona a minha educação? Minha filha faz acompanhamento com psicólogo, dermatologista, eu cuido dela. Eu sou a mãe”, disse.
Ainda segundo a mãe, esse seria o primeiro ano da filha na escola, mas que outras mães já teriam tido problemas com a direção. “Tem uma vizinha minha que a filha foi proibida de entrar na escola porque o tênis era colorido, na época só podia sapato preto”, concluiu.
Proibição
De acordo com a Semed (Secretaria Municipal de Educação), não existe nenhuma determinação que proíba uso de piercings ou maquiagem pelos alunos da Reme (Rede Municipal de Ensino). E ainda ressalta, que nesses casos não há nenhuma liberdade para que por conta própria escola faça a proibição.
Quanto a esse caso, a secretaria informa que será apurado para que sejam tomadas medidas cabíveis.
O Jornal Midiamax tentou contato com a direção da escola, mas até o fechamento desta matéria não teve retorno.
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