A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) negou ter qualquer participação na , deflagrada nesta terça-feira (19) como parte de investigação que apura a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

Segundo a entidade, o esclarecimento é necessário porque o temo “Sistema S”, comumente utilizado para representar entidades sindicais patronais de diferentes atividades econômicas, foi utilizado de forma genérica pela Polícia Federal durante a operação em vigor.

Em Mato Grosso do Sul, integram a CNC entidades como Senac, Sesc e Fecomércio. Confira na íntegra a nota da CNC:

“A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turnismo (CNC) esclarece que as entidades ligadas ao comércio de bens, serviços e turismo – federações estaduais e nacionais de comércio, unidades do Sesc e do Senac, bem como a própria Confederação – não possuem qualquer vinculação com as iniciativas da Polícia Federeal, reportadas hoje, 19 de fevereiro, pela imprensa como Operação Fantoche.

Cumpre esclarecer que o termo Sistema S é usado de forma genérica para entidades sindicais patronais de diferentes atividades econômicas, e em nenhum momento a CNC, bem como Sesc e Senac nacionais, guardam vínculo com os fatos noticiados”.

Operação Fantoche

Foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Alagoas, além de 10 mandados de prisão temporária. Segundo a PF, são investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

Os contratos eram, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.

A ação tem o apoio do Tribunal de Contas da União e conta com 213 agentes federais e 8 auditores do TCU.

Confira a lista com os dez mandados de prisão autorizados pela Justiça Federal:

  • Robson Braga de Andrade – presidente da CNI
  • Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva – empresário e um dos donos da Aliança Comunicação. Ele já havia sido preso pela PF em 2013, na Operação Esopo
  • Ricardo Essinger – presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe)
  • Francisco de Assis Benevides Gadelha – conhecido como Buega Gadelha, é presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep-PB). A Fiep-PB afirmou que Buega cumpre agenda em Brasília (DF)
  • José Carlos Lyra de Andrade – presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (FIEA)
  • Lina Rosa Gomes Vieira da Silva – empresária e publicitária, ligada à Aliança Comunicação
  • Hebron Costa Cruz de Oliveira – advogado e presidente do Instituto Origami
  • Jorge Tavares Pimentel Junior – empresário sócio da empresa Neves e Silva Produção
  • Júlio Ricardo Rodrigues Neves – empresário, sócio da Idea Locação de Estruturas e Iluminação
  • Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva – ligado à Aliança Comunicação