Juliano André Lins, 39 anos, irá a júri popular nesta quarta-feira (12), por tentativa de homicídio por envenenamento contra os empresários Reginaldo da Silva Maia e Geraldo Regis Maia, em 2009. O julgamento terá início às 8h no Fórum Heitor Medeiros, em Campo Grande.

De acordo com as informações, o crime aconteceu em um frigorifico localizado no bairro Nova Campo Grande, na Capital, durante o horário de trabalho.

No dia 16 de dezembro de 2009, por volta das 9h, o patrão Reginaldo e o pecuarista Geraldo teriam ingerido suco de laranja com veneno servido por uma outra funcionária. Logo após começaram a se sentir mal, com náuseas, vômitos, tonturas, buscando o atendimento médico. Ambos foram diagnosticados com suspeita de envenenamento.

Em seu depoimento, Reginaldo afirma que a copeira sempre levava suco de laranja para e ele e o pai, Geraldo. No dia do crime, ele teria sentido um cheiro forte que parecia de tinner, e acabou tomando apenas meio copo do liquido.

Reginaldo afirma ainda que cinco minutos depois sentiu uma indisposição e tontura muito forte, seguida de uma queda de pressão arterial, sendo levado para o hospital junto com o pai que estava com os mesmos sintomas. No hospital ele afirma que recebeu soro e antídoto contraveneno.

Intimada a prestar depoimento, a copeira esclareceu que, no dia dos fatos, Juliano perguntou se ela comia da fruta e do suco de seu patrão, ao responder que sim, ele a orientou para não comer e não tomar naquele dia. Ela afirmou ainda que, quando começou a preparar a bebida, o acusado chegou a porta da copa e perguntou se tinha álcool, ela disse que sim, e que ficava no banheiro, pedindo para ela pegar.

Ela contou que mesmo antes de sair do interior do banheiro, Juliano já estava no corredor atrás dela, momento em que entregou o álcool e retornou até a copa para terminar a bebida.

A copeira afirmou ainda que quando terminou de preparar o suco, levou até as duas vítimas e quando voltou para a copa percebeu que a bebi estava estranha e então foi até os patrões pedindo que eles não bebessem por conta do cheiro esquisito, mas eles já haviam tomado.

Ela recolheu a bebida, e logo em seguida os dois homens começaram a sentir mal-estar, dizendo que estavam com a cabeça tonta, momento em que foram socorridos e levados até o hospital.

Diante do exposto, o juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, pronunciou o réu Juliano, no artigo 413 do Código de Processo Penal. E no artigo 121, § 2º, inciso III c/c art. 14, inciso II (tentativa de homicídio, com emprego de veneno), em relação às duas vítimas Reginaldo e Geraldo.