A implantação da Rota Bioceânica poderá proporcionar a criação de um corredor turístico entre o Brasil e o Chile. O corredor, que deve partir de Porto Murtinho, passando pelo Chaco paraguaio, norte da Argentina até o Chile, teve o recorte turístico abordado durante a Reunião do Grupo de Trabalho do Corredor Rodoviário Bioceânico, realizada nos dias 21 e 22, em Campo Grande.
Na reunião, coordenada pelo secretário nacional de Integração Interinstitucional do Ministério do Turismo do Brasil, Bob Santos, ficou decidido ente os quatro países participantes que será feito um mapeamento dos atrativos turísticos existentes ao longo do Corredor. Também será criada uma marca da Rota Bioceânica a ser utilizada na promoção turística de seus atrativos pelos quatro países.
Detalhes como a documentação dos veículos e motoristas, vacinas obrigatórias, a ausência de postos de combustíveis em alguns trechos, e a necessidade de melhorar a infraestrutura para acolher os turistas foram levantados na reunião. Cada um dos quatro países deve apresentar relatórios que respondam essas demandas, a serem apresentados na 9ª Reunião do GT, a ser realizada em Antofagasta (Chile), ainda neste ano.
A FundTur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul) ficou responsável por elaborar a ficha de coleta de informações, além de alinhar estratégias de organização de expedições turísticas para promover a rota.
Entre as ideias já apresentadas estão a “Expedição Rota 67″ e o “1º Tour da Harley Davison”. Para tanto, a a Abav-MS (Associação Brasileira de Agências de Viagens) ficou encarregada de fazer contato com as locadoras de automóveis para encontrar uma solução à dificuldade de alugar um veículo que possa transitar livremente por todos esses países.
Mais perto que Salvador
Com cerca de 2,4 mil quilômetros, a Rota Bioceânica deve contemplar paisagens do Chaco paraguaio, a região montanhosa de Salta – que fica no pé da Cordilheira dos Andes – e a travessia do deserto de Atacama, no Chile.
Para a rota entrar no circuito turístico, portanto, é preciso grande infraestrutura, como postos de combustíveis, hoteis e restaurantes. Também é importante que o fluxo de turistas seja facilitado – principalmente de carro. Assim, a solução também deve passar por facilidades na imigração.
Em relação à distância, sair de Campo Grande ao Chile pela Rota é mais perto que ir da Capital a Salvador, na Bahia, cujo deslocamento é calculado em 2,5 mil quilômetros.