Falta de medicação no Hospital Regional faz paciente realizar quimioterapia ‘pela metade’
Os pacientes do setor de oncologia do Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, podem ter que realizar sessões de quimioterapia pela metade. De acordo com uma paciente, que realiza tratamento para câncer de ovário, um dos medicamentos utilizados está em falta. A paciente, que prefere não se identificar, está na terceira sessão e foi […]
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Os pacientes do setor de oncologia do Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, podem ter que realizar sessões de quimioterapia pela metade. De acordo com uma paciente, que realiza tratamento para câncer de ovário, um dos medicamentos utilizados está em falta.
A paciente, que prefere não se identificar, está na terceira sessão e foi informada, nesta segunda-feira (7), da falta do medicamento paclitaxel. As sessões de quimioterapia são realizadas para depois fazer a cirurgia de retirada do tumor no ovário.
Conforme a paciente, o tratamento é feito por ciclos, neste caso, de 20 em 20 dias. O tratamento ‘pela metade’ pode fazer aumentar o número de sessões e, consequentemente, debilitar mais ainda quem está em tratamento.
“O tratamento já debilita a gente. São mais de 8 horas sentada em uma cadeira, além de todo efeito colateral que só quem passou por isso sabe. Tem todo um preparo psicológico para vir nesta sessão e chegar aqui e ser informada que vai fazer o tratamento pela metade. É uma falta de respeito com as pessoas, ainda mais neste caso, onde o remédio é essencial para vida”, afirma a paciente.
Recorrente
A situação não é nova. Eventualmente, pacientes do setor de quimioterapia enfrentam a falta de medicamentos que acaba atrasando o tratamento e deixando as famílias preocupadas.
Em abril do ano passado, a família de outro paciente entrou em contato com o Jornal Midiamax para reclamar da falta de remédios necessários ao tratamento. Na época, o problema era com relação a medicamentos para linfoma.
Servidores do Hospital Regional também informaram que não é a primeira vez que falta medicamento para a quimioterapia. Inclusive, pacientes que vêm para a Capital realizar o tratamento acabam ficando nos corredores durante a punção.
O que diz o hospital
O Jornal Midiamax procurou a assessoria do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul que limitou-se a comunicar: “Informamos que a situação segue sendo avaliada”.
O hospital é subordinado à SES (Secretaria Estadual de Saúde) que solicitou a identificação da paciente para que a situação fosse averiguada.
A paciente requisitou ao Jornal Midiamax que o seu nome fosse mantido em sigilo, por receio de algum tipo de retaliação. A prática possui respaldo no código de ética jornalístico: “Art. 5º É direito do jornalista resguardar o sigilo da fonte”.
A SES foi informada sobre a solicitação da paciente, de que o nome não fosse informado, e não emitiu novo posicionamento.
Fale com os jornalistas do Midiamax
A leitora entrou em contato com o Jornal Midiamax pelo telefone (67) 3312-7400. Flagrantes inusitados, denúncias, reclamações e sugestões também podem ser enviados com total sigilo garantido pela lei ao WhatsApp do Jornal Midiamax no número (67) 99207-4330.
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