A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa ) está implementando uma ferramenta chamada FPS (Fazenda Pantaneira Sustentável) para medir o nível de sustentabilidade da atividade agropecuária na região do . Por meio de um software de lógica difusa (fuzzy), será possível avaliar se as propriedades rurais são sustentáveis a partir de indicadores definidos em três dimensões: ambiental, econômica e social.

De acordo com informações do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a tecnologia visa ampliar o potencial produtivo da região pantaneira, reconhecida como berço da pecuária. A expectativa é de que as informações levantadas pela ferramenta possam incentivar a produção sustentável que gera lucratividade com preservação dos recursos naturais da região.

A FPS fará um diagnóstico da propriedade nos aspectos que compõem a dimensão ambiental, econômica e social e a partir desse diagnóstico será possível ver onde estão os pontos ruins da propriedade e, a partir disso, ter como avaliar e definir quais as boas práticas que serão trabalhadas na propriedade.

A adesão ao projeto é voluntária. O principal critério para o produtor interessado em participar é a busca de sustentabilidade para produzir com menor impacto econômico e socioambiental. Em Mato Grosso, foram selecionadas inicialmente 15 fazendas para treinamento da aplicação do software. No , são 12 propriedades selecionadas.

Como a ferramenta é moldável a qualquer bioma, a ideia é que o projeto futuramente possa se estender para mais produtores em outras regiões, inclusive fora do Brasil. A estimativa é que mais de 3 mil propriedades tenham a oportunidade de diagnóstico priorizado, o que corresponde à área do Paraguai.

No estado do Mato Grosso do Sul já foi editado um decreto de pagamentos por serviços ambientais. A equipe da Embrapa está desenvolvendo um sistema de valoração por esses pagamentos, por exemplo a pastagem nativa.