A PM (Polícia Militar) está controlando a entrada de veículos que seguem para o Parque dos Poderes, onde profissionais da realizam o principal ato da paralisação, nesta quinta-feira (3).

Em dia de protesto de professores, PM controla entrada de veículos no Parque dos Poderes
Foto: Marcos Ermínio | Midiamax

A reportagem presenciou vários veículos serem abordados por policiais e retornando na pista contrária, após receberem orientação de que o acesso está limitado. Cerca de 50 PM estão no local, além de uma viatura do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). A cavalaria da PM também foi deslocada ao local de concentração, em frente à Governadoria.

Cerca de 500 manifestantes, segundo estimativa da PM, já estão concentrados no local. A organização do ato espera cerca de 5 mil adesões, com profissionais de educação de todo o Estado. A (Federação de Trabalhadores em Educação de MS) montou estrutura com palco no local.

Mais cedo, havia sido divulgado que o primeiro ato do dia seria na Praça do Rádio. Porém, que chegava no local era orientado a deslocar-se à Governadoria. “Montamos essa estratégia para haver um elemento surpresa, para não terem como impedir nossa entrada aqui no Parque”, detalha Jaime Teixeira, presidente da instituição.

Em dia de protesto de professores, PM controla entrada de veículos no Parque dos Poderes
Foto: Marcos Ermínio | Midiamax

Como a entrada de veículos está sendo controlada, a orientação da Fetems é que manifestantes que vem em caravanas desçam nos bloqueios e sigam a pé até a Governadoria.

Reivindicações

Ao Jornal Midiamax, o presidente da Fetems explicou que a greve é motivada pela falta de diálogo entre os profissionais e o Governo de MS. “O Governo tem implementado políticas sem discussão nenhuma, de forma unilateral. Então um dos objetivos da mobilização hoje é abrir negociação, governo não pode impor sua política nas escolas sem discussão com a categoria e comunidade”, afirma Teixeira.

Em dia de protesto de professores, PM controla entrada de veículos no Parque dos Poderes
Foto: Marcos Ermínio | Midiamax

Jaime Teixeira ainda ressaltou que um concurso público para professores e isonomia salarial são as principais pautas. “Não dá para aceitar que um professor convocado receba 32% a menos que o efetivo”, diz. Ele ainda diz que outras reivindicações são a convocação dos administrativos da educação e que são contra a adesão ao projeto das escolas cívico-militares.

Segundo a entidade, as mobilizações devem continuar durante todo o mês de outubro, caso o Governador não converse com a categoria.

“São dois dias de paralisações de alerta. Caso nenhum acordo ocorra, seguimos com nosso calendário de mobilizações e de luta para convencer o Governador, que a política que ele está adotando com a educação pública é uma política ruim em relação à qualidade do ensino, aos trabalhadores que não são valorizados e quem vai acabar pagando pela má administração é a sociedade”, ressaltou.